Economia

Margem Equatorial: Atraso em decisão causa prejuízo diário de R$ 4 milhões

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A Federação Única dos Petroleiros (FUP) criticou a demora do Ibama em autorizar a simulação ambiental necessária para liberação da exploração de petróleo na Margem Equatorial. Segundo a entidade, a protelação impõe ao país um custo diário superior a R$ 4 milhões, valor referente ao aluguel de uma sonda de perfuração parada no litoral do Pará há mais de 20 dias.

O equipamento aguarda a Avaliação Pré-Operacional (APO), última etapa do licenciamento ambiental, que simula um vazamento de óleo em caráter preventivo. Para o coordenador-geral da FUP, Deyvid Bacelar, não há justificativa técnica para que a reunião com a Petrobras, inicialmente prevista para ocorrer antes de agosto, tenha sido remarcada pelo Ibama para o dia 12 daquele mês.

“O Ibama está retardando o processo e impondo custos adicionais ao país”, declarou Bacelar. Apesar da crítica, ele reconhece a seriedade do corpo técnico do órgão ambiental. A Petrobras solicitou a antecipação da reunião, mas o Ibama manteve a data, alegando compromissos preparatórios já agendados.

A Margem Equatorial, tratada como nova fronteira petrolífera, estende-se do Rio Grande do Norte ao Amapá. A estatal possui poços autorizados apenas na costa potiguar. Descobertas recentes em países vizinhos como Guiana e Suriname reforçam o interesse estratégico na região.

Ambientalistas alertam para possíveis danos ecológicos e apontam contradições em relação à transição energética. Mesmo assim, a Petrobras defende que a exploração é essencial para garantir autossuficiência de petróleo até 2034.

A busca pela licença no bloco FZA-M-59 começou em 2013, com a britânica BP, que repassou a concessão à Petrobras em 2021. Em 2023, o Ibama negou licença para áreas da Bacia da Foz do Amazonas. Desde então, a estatal tenta reverter a decisão e atender às exigências, como a criação de centros de tratamento de fauna marinha em Oiapoque e Belém.

Em meio à indefinição, a ANP realizou em junho um leilão que concedeu 19 novos blocos na Foz do Amazonas, mesmo sem licença ambiental definitiva para a área.

Fonte: cenariomt

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