O mercado automotivo está em constante evolução, mas ainda assim algumas montadoras tradicionais estão “atrás” das marcas chinesas em alguns quesitos, como a eletrificação.
A saída foi “se juntar a elas”, com joint ventures, aquisição de parte das fabricantes, entre outras parcerias.

Marcas tradicionais investem nas marcas chinesas?
Sim, uma estratégia que tem se mostrado eficaz por montadoras como Ford, BMW, VW, BMW GM e Stellantis é a compra de participação em marcas de carros chinesas, a fim de ter acesso à sua tecnologia de ponta.
Até a Toyota entrou na onda e recentemente lançou o bZ3, que é praticamente um Corolla elétrico produzido com motor e bateria da BYD.
Se por um lado, as montadoras tradicionais criam barreiras para as chinesas, por outro reconhecem seu potencial e “comem pelas beiradas” da tecnologia desenvolvida no país asiático.
Isso porque não é de hoje que ele tem se destacado pela sua expertise em tecnologia de veículos elétricos e inteligência artificial.
Ao adquirir uma parte dessas empresas, as marcas tradicionais conseguem obter conhecimento e experiência nesses campos, acelerando o desenvolvimento de seus próprios carros elétricos, assim como os sistemas de condução autônoma.
Também desenvolvem colaborações estratégicas e lançam produtos em mercados já estruturados, como o Chinês.
É meio que uma forma de usar como testes para introduzir tecnologias que chegam nos veículos lançados nos mercados ocidentais.
Ninguém tá puro – exemplos de parcerias
Possivelmente você não sabia que a Volkswagen tem um dedo na chinesa JAC Motors. Desde 2020, a marca alemã detém 50% da chinesa.
Outra marca tradicional que já colhe os frutos de sua aquisição é a BMW, que adquiriu uma participação na Brilliance China Automotive Holdings, com o objetivo de aproveitar a experiência da empresa chinesa em tecnologia de baterias e veículos elétricos.
Além disso, General Motors já lançou diferentes modelos com a joint venture SAIC-GM-Wuling juntamente com a SAIC. Em maio, lançaram o Baojun Yep, um SUV com cara de Suzuki Jimny.

A Ford tem uma longa história com a Jiangling Motors, marca chinesa que ajudou na produção do Ford Transit e possivelmente outros componentes para os eletrificados da montadora norte-americana.
Agora é a vez de outras tradicionais entrarem no páreo. A Stellantis, detentora das marcas Jeep, RAM, Citroën, Fiat, Peugeot e outras, vai comprar parte da Zhejiang Leapmotor por US$ 1,1 bilhão.
A Volkswagen também aposta em mais uma chinesa, com investimentos de R$ US$ 700 milhões na participação de 5% na chinesa Xpeng.
Fonte: garagem360.com.br