atribuiu o recuo do presidente da Câmara, em relação à pauta da anistia aos presos do 8 de janeiro, à investigação da Polícia Federal (PF) sobre desvios de emenda com suposta participação do parlamentar paraibano.
“No início, seu discurso era firme, mas, depois, as coisas mudaram”, disse o senador, referindo-se a Motta. “Não por acaso, começaram a surgir revelações sobre seu passado, operações foram deflagradas e, agora, mais uma operação acontece, justamente quando ele retorna de uma viagem ao Japão, trazendo uma nova postura.”
O vice-líder da oposição no Senado, Magno Malta (PL-ES), também questiona a alegação de que é necessário aprofundar o debate sobre a proposta.
“Agora, ele pede para adiar a anistia, argumentando que precisa conversar mais”, diz o senador, ao comentar a atuação de Motta. “Mas conversar mais sobre o quê? O povo já sofre há mais de dois anos! Não há mais espaço para discussões intermináveis.”
O parlamentar reafirma que o formará alianças com outras legendas para garantir o avanço da anistia.
“Nosso partido, junto de outros que possuem maioria absoluta, vai se unir para aprovar a anistia”, afirmou Malta. “Isso não é apenas uma questão de corrigir violações do passado, já ultrapassamos esse limite há muito tempo.”

A PF alega, em relatório enviado à Justiça, que a servidora pública Eulanda Ferreira da Silva, alvo da Operação Outside, atuava como intermediária entre um empresário investigado, Motta e seu pai, Nabor Wanderley, prefeito de Patos (PB).
A corporação deflagrou a segunda fase da Outside nesta quinta-feira, 3. As investigações buscam apurar se houve irregularidades em licitações e o desvio de verbas públicas, com os agentes empenhados em descobrir a extensão e os envolvidos no suposto esquema de corrupção.
Fonte: revistaoeste