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PolĂ­tica

Macron aceita renĂșncia do primeiro-ministro: governo interino mantido

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O presidente da França, Emmanuel Macron, aceitou a renĂșncia do primeiro-ministro Gabriel Attal nesta terça-feira, 16. No entanto, Attal continuarĂĄ Ă  frente do governo de forma interina atĂ© que um novo gabinete seja nomeado. Macron sugeriu que essa situação pode perdurar atĂ© o tĂ©rmino dos Jogos OlĂ­mpicos de Paris, previstos para ocorrer de 26 a 11.

De acordo com um comunicado do gabinete presidencial, o primeiro-ministro da França, Gabriel Attal, e outros membros do governo estão encarregados de tratar dos assuntos correntes até que um novo primeiro-ministro seja nomeado.

Não há um prazo definido para a nomeação de um novo primeiro-ministro da França. A nota enfatizou que “para que esse período termine o mais rápido possível, cabe a todas as forças republicanas trabalharem juntas.”

Conforme o jornal , a medida permite que Attal reassuma seu assento como deputado e lidere o grupo de centristas de Macron na Assembleia Nacional. Um governo provisório, como o atual, não pode ser submetido a um voto de desconfiança, o que oferece a Attal uma certa proteção.

O professor de direito pĂșblico Benjamin Morel disse ao que a decisĂŁo de Macron representa “um verdadeiro problema democrĂĄtico”, pois um governo interino nĂŁo pode ser derrubado pela Assembleia Nacional. A dĂșvida Ă© se Macron prolongarĂĄ essa situação.

O primeiro-minstro da França, Gabriel Attal, que é de centro-direita, anunciou sua intenção de renunciar na semana passada após as eleiçÔes legislativas, onde a Nova Frente Popular (NFP) da esquerda saiu vitoriosa.

A aliança Juntos, de Attal e Macron, ficou em segundo lugar, seguida pelo Reagrupamento Nacional (RN) de Marine Le Pen.

“NĂŁo obtivemos maioria absoluta, mas graças Ă  nossa determinação e aos nossos valores, estamos de pĂ©â€, disse Attal apĂłs os resultados das eleiçÔes. “Temos trĂȘs vezes mais deputados do que as estimativas iniciais, mas o grupo polĂ­tico que representei nĂŁo conseguiu a maioria, por isso apresentarei minha demissĂŁo ao Presidente da RepĂșblica.”

Inicialmente, Macron rejeitou a renĂșncia e pediu que Attal permanecesse para garantir a estabilidade enquanto ocorrem as negociaçÔes polĂ­ticas. Apesar da estratĂ©gia de conter a extrema-direita ter funcionado, o Legislativo resultou fragmentado, com direita, esquerda e centro sem maioria absoluta.

Embora a renĂșncia de Attal abra caminho para Macron nomear um sucessor, nĂŁo hĂĄ um candidato evidente. A aliança de esquerda NFP ganhou o maior nĂșmero de assentos, mas ainda nĂŁo apresentou um nome para o cargo de primeiro-ministro, evidenciando possĂ­veis divisĂ”es internas.

A França Insubmissa, que ganhou o maior nĂșmero de assentos na NFP, suspendeu negociaçÔes com os Socialistas, acusando-os de “sabotagem”. O lĂ­der socialista Olivier Faure afirmou que o bloco de esquerda precisa “pensar, conversar e retomar as discussĂ”es” para atender Ă s expectativas pĂșblicas.

Sebastien Chenu, vice-presidente do Reagrupamento Nacional, criticou as discussĂ”es internas da esquerda e a decisĂŁo de Macron de manter Attal no governo, chamando-a de “negação da democracia”. O Conselho de Ministros se reuniu hoje, e a nova legislatura começarĂĄ na quinta-feira 10.

Macron anunciou que aguardarĂĄ a estruturação da Assembleia Nacional antes de nomear um novo primeiro-ministro. Attal disse estar disposto a continuar “enquanto o dever exigir”. O presidente francĂȘs nĂŁo descartou reuniĂ”es pontuais do Conselho de Ministros nesse perĂ­odo interino.

Fonte: revistaoeste

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