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Lula negocia projetos em logística, saúde e tecnologia com a China

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A visita oficial do presidente Luiz Inácio Lula da Silva à China resultou na assinatura de dezenas de atos e parcerias entre os dois países nesta terça-feira (13). Os acordos envolvem áreas estratégicas como infraestrutura, sustentabilidade, saúde, energia e tecnologia, reforçando o vínculo bilateral entre as duas maiores economias do hemisfério Sul.

Segundo Lula, os documentos assinados refletem o dinamismo das relações entre os governos e apontam para um novo ciclo de cooperação em setores considerados prioritários.

Saúde, indústria naval e tecnologia

Entre os compromissos firmados, destacam-se protocolos voltados à ampliação da capacidade brasileira de produzir medicamentos, vacinas e equipamentos médicos, com apoio da expertise chinesa.

Também foi assinado um ato específico para reaproximar estaleiros brasileiros e chineses, dentro da proposta do governo federal de retomar a indústria naval no país.

No campo da ciência e tecnologia, dois novos satélites – CBERS 5 e CBERS 6 – serão lançados como parte do programa Satélite de Recursos Terrestres Brasil-China. Eles terão uso conjunto para monitoramento ambiental, agrícola e meteorológico, com dados compartilhados com países do Sul Global.

Investimentos em infraestrutura e o Túnel de Santos

Lula destacou que Brasil e China avançaram nas negociações para o financiamento de obras de infraestrutura. Uma missão chinesa já esteve no país recentemente para identificar oportunidades dentro das chamadas Rotas de Integração Sul-Americana, que visam conectar o Atlântico ao Pacífico por meio de corredores logísticos.

Um dos projetos de maior interesse é o Túnel de Santos, previsto para interligar Santos e Guarujá, em São Paulo. Segundo o ministro de Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho, acordos firmados durante os encontros com empresários chineses podem garantir mais de R$ 6 bilhões em investimentos no setor portuário brasileiro.

O leilão para definir o consórcio responsável pela obra está previsto para agosto. Empresas chinesas já manifestaram interesse em participar e devem enviar representantes ao Brasil nos próximos 30 dias.

Comércio bilateral recorde

A China segue como o principal parceiro comercial do Brasil. Em 2023, o Brasil exportou US$ 157,5 bilhões ao país asiático, valor recorde. No mesmo período, as importações brasileiras somaram US$ 104,3 bilhões.

De acordo com o Palácio do Planalto, o volume de exportações brasileiras à China superou a soma das vendas para os Estados Unidos (US$ 36,9 bilhões) e para a União Europeia (US$ 46,3 bilhões) juntas.

Fonte: primeirapagina

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