Na vĂ©spera do Dia do Trabalhador, o ministro do Trabalho e Emprego, Luiz Marinho, abordou a recente operação da PolĂcia Federal (PF) contra o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) em entrevista Ă Empresa Brasil de Comunicação (EBC) nesta quarta-feira, 30.
Sobre a Operação Sem Desconto, que revelou irregularidades em descontos indevidos em benefĂcios do INSS, Marinho afirmou que o governo agiu com rapidez e que a crise serĂĄ superada. âVamos virar essa pĂĄgina e o INSS vai ser mais forte e mais representativo a partir dissoâ, declarou.
O ministro ressaltou que o governo federal nĂŁo compactua com impunidade e que hĂĄ total liberdade para a investigação das fraudes. âO ministro Lewandowski tem afirmado: vamos atĂ© as Ășltimas consequĂȘncias para punir quem deve ser punidoâ, afirmou.
Segundo ele, a orientação do presidente Lula Ă© clara: âautoriza e vamos em cimaâ. Marinho garantiu que os recursos descontados indevidamente serĂŁo devolvidos aos aposentados e pensionistas e que o foco agora Ă© separar âas entidades sĂ©riasâ daquelas que se aproveitaram da boa-fĂ© da população.
Marinho vĂȘ o atual escĂąndalo como uma nova oportunidade para . âOs problemas trazem tambĂ©m oportunidades para a gente aperfeiçoarâ, disse, ao mencionar investimentos em tecnologia e melhorias de gestĂŁo como caminhos para garantir um INSS mais eficiente e confiĂĄvel.
O ministro tambĂ©m demonstrou preocupação com o avanço da pejotização e classificou a prĂĄtica como âuma burla Ă legislaçãoâ, ao alertar que sua legitimação colocaria em risco a PrevidĂȘncia Social. âSe validar isso, acaba a PrevidĂȘnciaâ, disse. âĂ uma fraude trabalhista.â
Durante a entrevista, Marinho tambĂ©m abordou medidas recentes para ampliar o acesso ao crĂ©dito consignado por trabalhadores da iniciativa privada, por meio do programa âCrĂ©dito do Trabalhadorâ, que jĂĄ emprestou quase R$ 9 bilhĂ”es a mais de 1,6 milhĂŁo de brasileiros.
A proposta, segundo ele, mira especialmente empregados de baixa renda que antes nĂŁo conseguiam acessar crĂ©dito a juros razoĂĄveis. âĂ para o trabalhador que ganha um salĂĄrio mĂnimo, dois salĂĄrios mĂnimos⊠que pagava juros de 10%, atĂ© 20% com agiotaâ, explicou.
O ministro ressaltou que uma nova funcionalidade serĂĄ lançada em maio: a portabilidade de consignados, que permite aos bancos disputar o cliente com taxas mais baixas, numa espĂ©cie de leilĂŁo de crĂ©dito. âO trabalhador tem que ser o protagonista de qual juros que ele vai pagarâ, afirmou.

No entanto, nas redes sociais por suas altas taxas de juros. O serviço permite que os trabalhadores acessem emprĂ©stimos atravĂ©s de seu Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS) como garantia, com o objetivo de oferecer opçÔes de crĂ©dito mais acessĂveis e ajudar na gestĂŁo de dĂvidas.
Uma simulação publicada pelo jornal O Estado de S.Paulo mostrou que, para um empréstimo de R$ 1 mil a ser pago em 12 meses, o reembolso total seria de R$ 1,2 mil, o que representa uma taxa de juros mensal de 3,04% e anual de aproximadamente 43,26%.
No entanto, trabalhadores relataram que as taxas podem variar ainda mais. Uma postagem do jornalista Bruno Giovanni, por exemplo, mostra uma simulação que oferece taxas de atĂ© 5,5% ao mĂȘs, o que equivale a cerca de 90,12% ao ano.
Fonte: revistaoeste