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Livro impactante: Mulher uigur conta tortura vivida na China

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Os uigures, grupo étnico muçulmano que vive na Província de Xinjiang, na China, enfrentam uma dura repressão de Pequim. A região, rica em petróleo, é tratada com violência pelo Partido Comunista.

Essa relação conflituosa virou tema de livro. Gulbahar Haitiwaji, uma mulher uigur de 58 anos, tornou-se uma importante voz ao relatar suas experiências como prisioneira política em Sobrevivi ao Gulag Chinês, lançado pela Editora Moinhos

Gulbahar, atualmente exilada em Boulogne-Billancourt, nos arredores de Paris, sofreu tortura física e psicológica durante seu tempo de prisão. No livro, a mulher narra os métodos brutais empregados pela ditadura chinesa contra dissidentes.

Seu marido, Kerim, havia emigrado anos antes por causa da discriminação que enfrentava. Gulbahar, inicialmente relutante em deixar a China, acabou se juntando ao marido em Paris. No entanto, ao retornar à China para regularizar sua aposentadoria, foi presa sob acusação de terrorismo, em virtude da participação de sua filha em protestos uigures — na França.

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A prisão da mulher uigur na China

Reportagem da Folha de S.Paulo mostra que, na prisão de Karmay, Gulbahar enfrentou condições desumanas — incluindo espancamentos, privação de sono e proibição de praticar sua fé. Posteriormente, foi levada para uma escola de reeducação, onde foi forçada a recitar hinos ao Partido Comunista em mandarim, enquanto o uso da língua uigur era proibido.

Durante seu tempo na prisão, Gulbahar fez uma única amiga, Madina, que desapareceu depois de ser chamada para um depoimento. À época, a família de Gulbahar na França, com o apoio de uma associação de uigures e do governo francês, promoveu uma campanha por sua libertação. Gulbahar acabou foi libertada e conseguiu asilo na França.

A mulher de 58 anos ainda carrega as cicatrizes físicas e emocionais de sua experiência, mas agora pode viver livremente, praticar sua religião e falar sua língua.

Fonte: revistaoeste

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