Cuiabá

Leishmaniose: a principal doença em animais na capital – Saiba mais sobre prevenção e tratamento

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A Leishmaniose Visceral Canina foi a zoonose mais frequente registrada em Cuiabá neste ano, segundo o Boletim Epizootiológico sobre Epizootias e Zoonoses de Notificação Compulsória. O levantamento contabilizou 1.160 notificações de casos suspeitos de leishmaniose, dos quais 390 foram confirmados entre janeiro e setembro de 2025.

A Leishmaniose é uma doença causada por protozoários do gênero Leishmania, transmitida pela picada do mosquito-palha (Lutzomyia longipalpis). Em cães, os sintomas incluem perda de peso, feridas na pele, queda de pelos, fraqueza, crescimento exagerado das unhas e inchaço dos gânglios. Nos humanos, os principais sinais são febre prolongada, aumento do fígado e do baço, perda de apetite e anemia. O tratamento é gratuito e deve ser iniciado assim que houver diagnóstico confirmado.

O boletim destaca que os casos em animais funcionam como um alerta epidemiológico para possíveis ocorrências em humanos, já que os cães infectados atuam como reservatórios do parasita. A UVZ reforça a importância do uso de coleiras repelentes, do manejo correto de lixo e de terrenos baldios, além de manter os quintais limpos, como medidas de prevenção contra o mosquito transmissor.

Além da Leishmaniose, três casos de raiva animal foram confirmados em Cuiabá — dois em bovinos e um em equino. Os animais apresentavam sinais neurológicos compatíveis com a doença, e as medidas de controle e profilaxia foram imediatamente adotadas, segundo o relatório.

A raiva é uma zoonose viral transmitida principalmente pela mordida, arranhão ou lambida de animais infectados, podendo afetar o sistema nervoso central e ser fatal em quase 100% dos casos sintomáticos. Entre os sintomas nos animais estão agressividade, salivação excessiva, falta de coordenação e paralisia. Já em humanos, o quadro inclui febre, dor de cabeça, espasmos musculares e confusão mental.

O boletim também registrou 61 notificações de Esporotricose Animal, sendo 34 casos confirmados em gatos e dois em cães. A doença é causada por um fungo que vive no solo e pode ser transmitida aos humanos pelo contato direto com feridas ou arranhaduras de animais infectados.

A Vigilância em Saúde reforça que, ao encontrar animais silvestres ou domésticos doentes ou mortos, a população não deve tocá-los e deve comunicar imediatamente a Unidade de Vigilância em Zoonoses (UVZ) pelo telefone (65) 3318-6291 ou (65) 3618-6059.

“Os animais também são vítimas das zoonoses e, ao serem infectados, tornam-se indicadores que acendem o alerta para possíveis riscos à saúde pública”, destaca o boletim.

O documento é 

elaborado pelo Centro de Informações Estratégicas de Vigilância em Saúde (CIEVS), em conjunto com a Diretoria de Vigilância em Saúde (DIVISA), a Unidade de Vigilância em Zoonoses (UVZ) e a Vigilância Epidemiológica (VE).

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Fonte: leiagora

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