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Política

Itaipu: Bolsonaro acusa governo Lula de explorar a ‘galinha dos ovos de ouro’

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Durante uma entrevista à Rádio Auriverde, realizada nesta quarta-feira, 2, o ex-presidente Jair Bolsonaro afirmou que a hidrelétrica Itaipu Binacional se tornou a “galinha dos ovos de ouro” do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Isto ocorreria pelo fato de Itaipu não poder ser fiscalizada pelo . Conforme noticiou , desde que Lula voltou à Presidência e Enio Verri assumiu a diretoria da binacional, a usina gastou quase R$ 3 bilhões em convênios. Desde 2019, os gastos somam R$ 7,5 bilhões, com um aumento significativo no terceiro mandato do petista.

O ex-presidente fez a declaração enquanto comentava as ações hacker da contra o Paraguai. De acordo com reportagens veiculadas na imprensa, a invasão teria sido idealizada durante a gestão de Bolsonaro, o que ele nega.

“O governo tenta botar na minha conta essa questão, para variar, né?”, ironizou Bolsonaro. “A CNN já confirmou que foi no governo Lula, e ele tenta colocar na minha conta. Lula, não foi no meu governo onde fizemos obras caras. Nós diminuímos quase metade do valor da tarifa em dólar lá em Itaipu, facilitando aqui a vida dos consumidores, porque o governo é diferente.”

Bolsonaro criticou a alocação de recursos de Itaipu para projetos que, segundo ele, beneficiariam grupos ideologicamente alinhados ao atual governo, como a construção da Universidade de Integração Latinoamericana e o financiamento de atividades do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra.

A maior parte desses gastos foi destinada a convênios firmados depois da posse de Enio Verri, em 2023. O ex-presidente disse que, pelo fato de ser binacional, ninguém tem o direito de “meter a colher” em Itaipu. “Então, dessa forma, galinha dos ovos de ouro do Lula passou a ser Itaipu Binacional.”

Enio Verri
O Presidente Lula E O Diretor-Geral Da Itaipu, Enio Verri | Foto: Ricardo Stuckert/Pr

O processo de criação da Comissão Binacional de Contas da hidrelétrica de Itaipu, acordado entre Brasil e Paraguai em 2021, está paralisado desde 2023. O governo Lula bloqueou a análise da proposta para a instalação do órgão externo, que será responsável por fiscalizar os gastos da usina. 

Segundo o Ministério das Relações Exteriores, o tema só será retomado depois de junho, quando os dois países concluírem as negociações sobre o chamado Anexo C, que deve redefinir as bases financeiras das tarifas de energia.

Os gastos bilionários da parte brasileira com projetos não diretamente ligados à geração de energia têm gerado crescentes críticas de políticos e da mídia. Por exemplo, Itaipu destinou R$ 1,3 bilhão para obras relacionadas à COP30, conferência da ONU sobre o clima, que ocorrerá em novembro, em Belém (PA), a mais de 2,8 mil km da usina, localizada em Foz do Iguaçu (PR). 

Outros R$ 15 milhões foram empregados em um evento cultural paralelo à Cúpula do G20, realizada no Rio de Janeiro em novembro passado.

Fonte: revistaoeste

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