O líder supremo do Irã, aiatolá Ali Khamenei, lançou um alerta direto aos nesta segunda-feira, 31. Khamenei afirmou que qualquer ataque ordenado por resultará em retaliação imediata. O aviso veio depois de o presidente norte-americano condicionar um novo acordo nuclear à submissão iraniana. Caso contrário, prometeu bombardeios.
O recado de Trump foi enviado no início de março. Numa carta ao governo iraniano, ele apresentou uma proposta de negociação. A exigência veio com prazo: dois meses para aceitar. Neste domingo, 30, Trump reforçou a ameaça.
Khamenei não recuou. Em discurso transmitido pela televisão estatal, acusou os EUA e Israel de promoverem instabilidade no Oriente Médio.
“A inimizade dos EUA e de Israel sempre esteve lá”, disse o líder. “Eles ameaçam nos atacar, o que não achamos muito provável, mas se cometerem qualquer maldade, certamente receberão um forte golpe recíproco.”
A resposta iraniana reflete uma crescente tensão. O presidente Masoud Pezeshkian já havia descartado qualquer conversa direta com Washington. Disse que aceitará apenas negociações indiretas — e somente sob orientação do líder supremo. A postura mantém a rigidez diplomática adotada desde que Trump rompeu o acordo nuclear, em 2018.
O pacto, assinado em 2015, previa limites ao programa nuclear iraniano em troca de alívio nas sanções econômicas. Com a saída dos EUA, as punições voltaram. Teerã, então, abandonou as metas estabelecidas, ampliou o enriquecimento de urânio e retomou instalações que haviam sido desativadas.
Governos ocidentais acusam o Irã de ocultar intenções militares sob o discurso de uso civil
Governos ocidentais acusam o Irã de ocultar intenções militares sob o discurso de uso civil. Teerã nega. Garante que a energia nuclear é voltada apenas à geração elétrica e à pesquisa científica.
No Irã, a crise interna pressiona o regime. Protestos recorrentes abalaram o país desde 2019. Em 2022, a morte de Mahsa Amini, sob custódia da polícia da moralidade, desencadeou mobilizações em todo o território. A repressão acentuou o isolamento diplomático. Mas, mesmo sob sanções, o regime mantém discurso de resistência. E agora testa o limite com .
Fonte: revistaoeste