O MPMS (Ministério Público de Mato Grosso do Sul) está investigando a má qualidade no atendimento às pessoas diabéticas em Campo Grande. As denúncias apontam falta de médicos endocrinologistas nas unidades de saúde, bem como a escassez de medicamentos essenciais para o tratamento da doença, como insulinas.
De acordo com o órgão, a rede pública de saúde enfrenta, atualmente, uma lista de espera de 935 solicitações de pacientes diabéticos, que aguardam consulta com o médico especialista. Além disso, há pessoas aguardando atendimento desde março de 2023.
Ainda segundo a promotoria, o prazo razoável de espera estabelecido pelo CNJ (Conselho Nacional de Justiça) é de 100 dias, para os casos de consultas eletivas.
Além disso, foram constatadas falhas na gestão de medicamentos e insumos no CEM (Centro Especializado Municipal). No local, há escassez de insulinas específicas e fragilidade no estoque e na dispensação desses itens, uma vez que não há sistema informatizado ou planilhas adequadas.
O município terá 20 dias para se manifestar quanto aos problemas encontrados na investigação. A prefeitura deverá informar o número exato de endocrinologistas, média de atendimentos e a situação atualizada do estoque de insulina e fitas para medir glicemia.
Fonte: primeirapagina