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Início das operações do Gasoduto no Distrito Industrial de Cuiabá: Impactos e Benefícios

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O gasoduto do Distrito Industrial de Cuiabá está em operação desde julho de 2025 e marca uma inflexão histórica na política energética e industrial de Mato Grosso, conforme divulgado oficialmente pelo Governo do Estado e pela MT Gás. Com 39 quilômetros de extensão e investimento público de R$ 40 milhões, a obra assegura fornecimento contínuo de gás natural às indústrias da capital, encerrando mais de três décadas de instabilidade e projetos não executados.

Contrato internacional viabilizou a obra

Conforme apurado pela reportagem junto à Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico (Sedec), a execução do gasoduto só se tornou possível após a formalização de um contrato firme de fornecimento de gás natural com a Bolívia. Diferentemente dos antigos contratos interrompíveis, o novo modelo garante previsibilidade jurídica e operacional, condição considerada essencial para viabilizar investimentos públicos e privados de longo prazo.

O projeto, concebido ainda na década de 1990, permaneceu paralisado por anos apesar da proximidade geográfica de Mato Grosso com a principal fonte de gás natural da América do Sul. A atual gestão estadual retomou o plano ao assegurar o abastecimento contínuo, permitindo que o gasoduto do Distrito Industrial de Cuiabá saísse definitivamente do papel.

Redução de custos e ganhos ambientais

Empresas já conectadas à rede confirmaram à reportagem que a substituição do GLP e do cavaco de madeira pelo gás natural encanado reduziu custos operacionais, simplificou a logística e aumentou a eficiência produtiva. Segundo dados técnicos da MT Gás, a nova matriz energética proporciona economia média de até 30% e redução de emissões poluentes entre 70% e 80%.

O empresário Gilmar Milani, sócio da indústria Milanflex, relatou que a operação contínua do gasoduto eliminou riscos recorrentes. “Antes, sofríamos interrupções por questões políticas e geopolíticas e precisávamos voltar ao GLP. Hoje, o fornecimento é estável, com menor custo, menos riscos no transporte e melhor desempenho dos equipamentos”, afirmou.

Capacidade para expansão industrial

Atualmente, a MT Gás mantém nove contratos firmados com indústrias do Distrito Industrial. Desses, quatro já estão em pleno funcionamento, três possuem sistemas de regulagem e medição instalados e dois aguardam a chegada dos equipamentos finais. A capacidade total do sistema permite atender até 260 empresas, com distribuição diária de até 186 mil metros cúbicos de gás natural.

Para o presidente da MT Gás, Aécio Rodrigues, o gasoduto do Distrito Industrial de Cuiabá representa uma mudança estrutural no acesso à energia industrial. “É uma matriz segura, contínua e sem oscilações abruptas de preço, o que dá estabilidade à produção e cria um ambiente favorável à atração de novos investimentos”, destacou em nota oficial.

Decisão estratégica de governo

O secretário de Desenvolvimento Econômico, César Miranda, afirmou que a obra simboliza uma decisão estratégica ao garantir previsibilidade energética. Segundo ele, a segurança do contrato internacional foi determinante para que o Estado investisse e para que as empresas realizassem a conversão de suas matrizes energéticas.

“Não se trata apenas de infraestrutura física, mas de confiança. Com o contrato sendo cumprido e o gasoduto operando, o ambiente de negócios muda completamente”, afirmou o secretário.

Reportagem baseada em informações oficiais do Governo de Mato Grosso, MT Gás e Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico.

📊 Box informativo — Gasoduto do Distrito Industrial de Cuiabá

  • Extensão: 39 km
  • Investimento: R$ 40 milhões (Governo de MT)
  • Capacidade: até 186 mil m³/dia
  • Empresas atendidas: até 260
  • Fonte do gás: Contrato firme com a Bolívia

Acompanhe nossos conteúdos para entender como a infraestrutura energética impacta o desenvolvimento econômico regional.

Fonte: cenariomt

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