O Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M), conhecido como inflação do aluguel, teve queda de 1,67% em junho, segundo dados divulgados pela Fundação Getulio Vargas (FGV). Essa é a maior deflação mensal desde junho de 2023, quando foi registrada queda de 1,93%.
No acumulado de 12 meses, o índice atingiu 4,39%, o menor nível desde agosto de 2024. Em março de 2025, o patamar chegou a 8,58%, demonstrando uma trajetória consistente de redução.
O IGP-M é composto por três indicadores. O principal deles, o Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA), representa 60% do total e recuou especialmente por conta dos produtos agropecuários, que caíram 4,48%. Entre os itens com maior influência negativa no IPA estão minério de ferro (-4,96%), milho em grão (-16,93%) e café em grão (-11,01%).
O Índice de Preços ao Consumidor (IPC), responsável por 30% do IGP-M, também ajudou na retração. Com deflação de 0,19%, os alimentos foram o único grupo com preços mais baixos na passagem de maio para junho. Produtos como tomate (-7,20%), ovos (-7,60%), arroz (-3,78%) e mamão papaya (-11,28%) tiveram destaque na queda. Segundo o economista Matheus Dias, da FGV, o movimento reflete uma safra recorde no campo, com expectativa de maior oferta pressionando preços para baixo.
Já o Índice Nacional de Custo da Construção (INCC) avançou 0,96% em junho, influenciado principalmente pelo custo da mão de obra, que subiu 2,12% em razão de reajustes salariais, enquanto materiais, equipamentos e serviços tiveram alta de 0,13%.
O IGP-M é amplamente utilizado como referência para o reajuste anual de contratos de aluguel e tarifas de serviços essenciais. A coleta de preços pela FGV foi realizada entre 21 de maio e 20 de junho em sete capitais brasileiras.
Fonte: cenariomt
