Idosos celebram conquista da alfabetização no programa Mais MT Muxirum em Cuiabá

Idosos celebram alfabetização no Mais MT Muxirum durante a cerimônia realizada na noite de segunda-feira (24), em Cuiabá, conforme divulgado oficialmente pela Secretaria de Estado de Educação. A solenidade ocorreu no Hotel Fazenda Mato Grosso e reuniu 600 alfabetizandos certificados, além de familiares, educadores e gestores.

Conforme apurado pela reportagem no local, o clima foi de forte emoção. Antônio Ferreira, 70 anos, morador do bairro Tijucal, afirmou que aguardou “a vida inteira” para receber o certificado. Já Sílvia Marisa, 66, moradora de um sítio no distrito de Aguaçú, contou que estudava ainda antes do amanhecer para acompanhar as aulas. Ambos representam o empenho de centenas de idosos que aderiram ao programa estadual.

Segundo nota da Seduc-MT, o programa é executado em parceria com a Secretaria Municipal de Educação de Cuiabá e reúne metodologias adaptadas às condições de jovens, adultos e idosos, como turmas reduzidas e aulas em escolas, igrejas, centros comunitários ou residências.

Índice

1 Avanços comprovados na alfabetização

2 Por que a iniciativa importa

2.1 Estrutura do programa

Avanços comprovados na alfabetização

De acordo com dados oficiais da Seduc, o Estado atingiu em 2025 a menor taxa de analfabetismo em 15 anos: 3,8%, abaixo da meta estipulada. O documento oficial destaca que o Mais MT Muxirum funciona atualmente em 142 municípios, com 149 coordenadores e 1.238 alfabetizadores bolsistas.

As projeções da pasta indicam ainda que o programa deve alcançar 18 mil pessoas alfabetizadas até dezembro, somando mais de 85 mil desde 2021. O secretário de Educação, Alan Porto, classificou a noite como “um marco de inclusão e transformação social”, reforçando o compromisso com políticas públicas de alfabetização em todo o Estado.

Por que a iniciativa importa

Especialistas em educação de adultos apontam que iniciativas como o Mais MT Muxirum têm impacto direto na autonomia de pessoas idosas, permitindo acesso a serviços básicos, assinatura de documentos e mobilidade urbana mais segura. A alfabetização tardia também é citada em estudos do IBGE como um fator de melhoria na qualidade de vida em regiões com desigualdade histórica.