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Mato Grosso Nova Mutum

Homem é baleado em Nova Mutum durante discussão: saiba mais sobre o caso

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Nos últimos dois anos, casos de conflitos familiares com desfecho violento cresceram 18% em municípios de médio porte de Mato Grosso, segundo levantamento da Secretaria de Segurança Pública. Dentro desse cenário de tensão doméstica, um episódio registrado em Nova Mutum voltou a acender o alerta para situações em que desentendimentos pessoais avançam para a esfera policial.

Conforme divulgado pela Polícia Militar, um homem de 33 anos foi baleado na tarde de ontem na rua dos Cedros, ao lado do Colégio Lúcia Faccio. A ocorrência mobilizou equipes após moradores informarem que havia uma pessoa ferida caída na via pública. O disparo teria sido efetuado por um militar do Corpo de Bombeiros, de 45 anos, ex-companheiro da atual esposa da vítima, de 46 anos.

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Discussão familiar terminou em disparo

Segundo o boletim de ocorrência, a mulher relatou que se dirigiu até a escola para verificar por que a filha não respondia às mensagens enviadas por aplicativo. Enquanto aguardava na área externa, o ex-companheiro chegou ao local, iniciando uma discussão. Testemunhas mencionaram que o clima ficou tenso rapidamente — um retrato de como disputas domésticas podem ganhar dimensão pública.

Nesse momento, o militar teria se abaixado e apanhado uma arma de fogo dentro do veículo. O atual marido, percebendo a movimentação, tentou impedir que o investigado saísse do carro. Na sequência, houve luta corporal entre os dois, culminando no disparo que atingiu o joelho esquerdo da vítima. Ele caiu ao solo, com sangramento intenso.

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Um detalhe que chama atenção é a presença, quase imediata, de policiais da Patrulha Maria da Penha, que prestaram atendimento pré-hospitalar ainda no local, utilizando torniquete para conter o sangramento. Minutos depois, uma equipe dos Bombeiros conduziu o homem ao hospital, onde permanece sob cuidados médicos.

Investigação e versões apresentadas

Durante diligências, a PM foi informada que o suspeito havia se apresentado espontaneamente à Polícia Civil. Em nota encaminhada à imprensa, o Corpo de Bombeiros afirmou que o militar disse ter agido em legítima defesa para cessar suposta agressão e que, após o disparo, prestou socorro ao ferido. A corporação também comunicou a abertura de procedimento administrativo para apurar o comportamento do servidor.

Casos como este, envolvendo servidores públicos armados fora de serviço, reacendem o debate sobre protocolos de porte e uso de arma por agentes de segurança em situações particulares. Em 2024, Nova Mutum registrou três investigações que envolveram alegações de legítima defesa em conflitos de origem familiar — dado que, embora não estabeleça padrão, indica reincidência e reforça a importância de acompanhamento especializado para prevenir novas ocorrências.

O episódio também expõe um ponto sensível: escolas, que deveriam ser ambientes de neutralidade e proteção, tornam-se palco de tensões privadas. Como leitores, vale refletir: que medidas poderiam evitar que desentendimentos pessoais avancem até esse limite?

O caso segue sob investigação da Polícia Civil. Havendo indícios de violência doméstica, situações podem se enquadrar nos dispositivos da Lei Maria da Penha, que prevê medidas protetivas e responsabilização específica para agressões no contexto familiar.

Se você presencia situações de ameaça ou risco, a orientação é acionar imediatamente o 190 ou buscar a Delegacia Especializada de Defesa da Mulher em sua cidade. Informações adicionais podem ser encaminhadas de forma anônima ao 197.

As informações foram repassadas por fontes da Polícia Militar e por nota do Corpo de Bombeiros.

Fonte: cenariomt

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