Combate ao Mosquito
Notícias

Homem condenado por assassinar advogado em SC através de contrato pago

2025 word1
Grupo do Whatsapp Cuiabá
homem pago para matar advogado frente casa condenado sc

Via @nsctotal | Pouco mais de um ano após a morte de Hamilton Lopes Ribeiro, em São Francisco do Sul, o homem acusado de ter puxado o gatilho da arma que tirou a vida do advogado foi condenado pelo crime de homicídio qualificado. O caso aconteceu em 2 de maio do ano passado. Hamilton chegava em casa após sair para fazer uma atividade física e, ao retornar, foi atingido por oito disparos.

O resultado do julgamento foi divulgado nesta semana e o réu foi condenado a mais de 18 anos de prisão por homicídio com duas qualificadoras, sendo elas mediante pagamento e recurso que impossibilitou a defesa da vítima.

Conforme denúncia do Ministério Público (MPSC), no dia 2 de maio de 2023, o advogado foi seguido pelo acusado, que pilotava uma motocicleta, até sua casa no bairro Rocio Grande. Ao ver que a vítima saiu do carro, o réu a surpreendeu e iniciou os disparos. Hamilton morreu no local e o homem fugiu. 

“O réu já vinha acompanhando a rotina da vítima há dias, calculando com frieza a execução do crime, e, portanto, agindo com premeditação”, indicou a denúncia do MPSC.

Crime foi pago

De acordo com a investigação policial e a acusação do MPSC, o acusado teria recebido uma quantia para executar o homicídio e que, após o crime, fez diversas compras, entre elas a de um veículo C4 Pallas, ano 2008. Ele fez também vários investimentos no automóvel. 

Segundo apurado durante as diligências policiais, o réu também realizou transferências bancárias para uma conta de sua titularidade, fez compras em lojas e alugou um imóvel na cidade de Joinville, onde passou a residir com sua irmã.  

— O homicídio foi cometido mediante recurso que impossibilitou a defesa da vítima, pois o réu seguiu, surpreendeu e disparou contra o advogado em frente à sua própria residência, após descer do veículo que dirigia, totalmente desprevenido e desarmado, sem condições de esboçar atitude defensiva — disse a Promotora de Justiça Barbara Machado Moura Fonseca no julgamento.

Ela argumentou que o ato criminoso também ocorreu mediante pagamento, porque o denunciado recebeu um valor considerável em dinheiro para cometer o homicídio, conforme demonstrou a investigação. Não há informações sobre o mandante do crime.

Diante das argumentações da acusação e defesa, o júri popular decidiu que o homem fosse condenado. A decisão é passível de recurso, mas não foi concedido ao réu o direito de recorrer em liberdade, pois ele permaneceu preso durante toda a instrução processual. As autoridades policiais continuam trabalhando para identificar o possível mandante da execução do advogado.  

Fernanda Silva
fernanda.silva@nsc.com.br
Fonte: @nsctotal

Sobre o autor

Avatar de Redação

Redação

Estamos empenhados em estabelecer uma comunidade ativa e solidária que possa impulsionar mudanças positivas na sociedade.