Sophia @princesinhamt
CUIABÁ MATO GROSSO

Hemocentro ajuda mais de 500 pacientes com doença falciforme: Saiba Mais

2025 word2
Grupo do Whatsapp Cuiabá

O Mato Grosso conta com um importante aliado na luta contra a doença falciforme. O Hemocentro estadual, único banco de sangue público do estado, atualmente acompanha mais de 500 pacientes diagnosticados com a enfermidade. A unidade é referência no atendimento pelo Sistema Único de Saúde (SUS).

Nesta quinta-feira (19), é celebrado o Dia Mundial de Conscientização sobre a Doença Falciforme, data que reforça a importância dos cuidados necessários para melhorar a qualidade de vida dos portadores e reconhecer os avanços no tratamento oferecido pelo Hemocentro.

A doença falciforme provoca uma alteração nas hemácias, que em vez de serem redondas, assumem formato de “foice”. Essa deformação dificulta a passagem dos glóbulos vermelhos pelos vasos sanguíneos, comprometendo a oxigenação dos órgãos e causando problemas como má circulação, dores e até complicações mais graves.

De acordo com Fernando Henrique Modolo, diretor do Hemocentro, os pacientes necessitam de um acompanhamento multidisciplinar e multiprofissional desde cedo. “As complicações podem afetar quase todos os órgãos e sistemas, comprometendo a capacidade de trabalho e a expectativa de vida”, explica.

O protocolo de atendimento do Hemocentro inclui consultas regulares, acompanhamento com hematologista, cardiologista, ortopedista, nutricionista, médica especialista em dor, além de enfermeiros, fisioterapeutas e assistentes sociais. Cada paciente recebe um plano de cuidado individualizado, focando tanto no tratamento clínico quanto no suporte emocional.

A estrutura ainda oferece serviços como apoio diagnóstico, terapias específicas, aconselhamento genético, ambulatório para transfusão e infusão de medicamentos, além do exame doppler transcraniano, que analisa o fluxo sanguíneo nas artérias cerebrais. Desde maio de 2023, já foram realizados 175 exames doppler em pacientes falciformes.

O medicamento hidroxiureia, utilizado para reduzir o processo inflamatório da doença, também está disponível para os casos necessários.

Ediney Aparecido Costa, de 29 anos, morador de Várzea Grande, faz tratamento na unidade desde os primeiros anos de vida e destaca o bom atendimento. “Faço tratamento quinzenal. Sinto muitas dores, já tive AVC, mas o cuidado de toda a equipe sempre foi excelente”, relata.

Ele compartilha que conviver com a doença exige resiliência. “A vida com anemia falciforme tem altos e baixos. Existem dias bons e outros bem difíceis, principalmente durante as crises de dor, que podem causar inchaços, dores nas articulações e fortes dores de cabeça”, conta.

O que é a doença falciforme

Trata-se de uma doença genética e hereditária, caracterizada pela alteração nos glóbulos vermelhos, que perdem o formato arredondado e se tornam rígidos, dificultando o transporte de oxigênio para órgãos vitais como cérebro, pulmões e rins.

A enfermidade não tem cura e pode gerar complicações severas se não for tratada corretamente. O diagnóstico geralmente ocorre ainda na infância, por meio da Triagem Neonatal, através do Teste do Pezinho, ou pelo exame de eletroforese de hemoglobina.

Entre os sintomas mais comuns estão crises de dor intensa, síndrome mão-pé, úlceras, infecções frequentes, palidez, icterícia, cansaço extremo e sequestro de sangue no baço.

Fonte: cenariomt

Sobre o autor

Avatar de Redação

Redação

Estamos empenhados em estabelecer uma comunidade ativa e solidária que possa impulsionar mudanças positivas na sociedade.