O governo prepara agora o anteprojeto de engenharia para licitar a obra em modelo integrado. A previsão é que o edital seja publicado em agosto. A decisão foi tomada após novas sondagens geotécnicas, topografias com detecção remota e ensaios que só puderam ser feitos com o avanço das obras. Os estudos confirmaram que a construção subterrânea é a solução mais segura e com menor impacto ambiental, visual e operacional.
Conforme informações do governo, a proposta foi referendada também por pareceres do ICMBio e do Ibama. Por sua vez, a Sinfra afirma que todas as ações realizadas até agora, como a instalação de barreiras, a contenção de blocos rochosos e o retaludamento, teriam sido necessárias de qualquer forma, já que o risco de desabamento era iminente desde os desprendimentos registrados em dezembro de 2023.
A escolha pelo túnel significa que o governo abriu mão da solução mais rápida — o alargamento do talude — em favor de uma obra de longo prazo. A justificativa: manter o tráfego durante a execução e garantir estabilidade definitiva ao trecho, um dos mais simbólicos (e perigosos) de acesso ao Parque Nacional.
Fonte: Olhar Direto
