A Casa Branca está avaliando possíveis sanções contra o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). O processo, considerado lento, envolve quatro departamentos do governo de Donald Trump. A informação é do portal Metrópoles.
No domingo 13, Jason Miller, conselheiro do presidente dos Estados Unidos, chamou Moraes de “maior ameaça à democracia no Hemisfério Ocidental”.
Em 2021, Miller foi detido pela Polícia Federal no Aeroporto de Brasília, por ordem de Moraes, quando veio ao Brasil para participar do CPAC, um importante evento conservador.
Durante a detenção, Miller afirmou que ele e sua equipe foram interrogados por três horas, sem serem acusados de crimes. A polícia informou que eles “queriam conversar”. Depois do interrogatório, ele foi liberado para retornar aos Estados Unidos. Miller comparou Moraes a “um vilão de James Bond” em entrevistas subsequentes.
Conselho de Segurança Nacional também analisa medidas contra Moraes
O Departamento de Estado, sob a liderança de Marco Rubio, está revisando a questão sob uma perspectiva diplomática. Rubio, como senador, já havia criticado o bloqueio de redes sociais promovido por Moraes, considerando isso uma tentativa de minar liberdades básicas no Brasil, o que é um aspecto relevante na análise das sanções.
O Conselho de Segurança Nacional, liderado por Mike Waltz, também participa do processo. Waltz é conhecido por sua postura crítica em relação à China e observa com atenção países que mantêm relações estreitas com o governo chinês, como o Brasil.
Além disso, o Departamento do Tesouro dos Estados Unidos está envolvido devido à possibilidade de sanções financeiras contra Moraes. Esse departamento está avaliando os impactos econômicos potenciais de tais medidas sobre as relações entre os EUA e o Brasil.
Governo Trump consultou Eduardo Bolsonaro

O Conselho da Casa Branca complementa a lista dos departamentos envolvidos, fornecendo aconselhamento jurídico ao presidente dos EUA. Esse órgão garante que as sanções estejam em conformidade com normas legais internacionais e nacionais.
Depois de cada departamento emitir seu parecer, seja aprovando, sugerindo ajustes ou rejeitando o texto, a decisão final será submetida a Donald Trump.
Recentemente, para aprofundar o entendimento da situação, integrantes da Casa Branca consultaram o deputado licenciado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) e o jornalista Paulo Figueiredo.
Fonte: revistaoeste