CENÁRIO POLÍTICO

Governo inicia negociações de taxação com EUA e busca parcerias no setor privado

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O governo federal iniciou nesta terça-feira (15) um diálogo com setores da indústria e do agronegócio para articular uma resposta à tarifa de 50% aplicada pelos Estados Unidos sobre produtos brasileiros. Pela manhã, a reunião ocorreu com representantes da indústria, enquanto o encontro com o agronegócio foi marcado para o período da tarde.

O vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio, Geraldo Alckmin, abriu os trabalhos destacando a intenção de negociar com serenidade, sem interferência em outros poderes. Ele pediu engajamento dos empresários brasileiros para construir uma proposta conjunta. “É importante a participação de cada um de vocês para fazermos um trabalho em conjunto. O governo está empenhado em resolver essa questão e queremos ouvir suas sugestões”, afirmou.

Essas reuniões marcam o primeiro compromisso do Comitê Interministerial de Negociação e Contramedidas Econômicas e Comerciais, recém-criado para coordenar a resposta brasileira. Fazem parte do comitê os ministérios do Desenvolvimento, Indústria e Comércio, Fazenda, Relações Exteriores e Casa Civil, além de outras pastas convidadas.

Na véspera, Alckmin lembrou que o governo já havia enviado, em maio, uma proposta confidencial aos EUA, mas não obteve resposta antes do anúncio das novas tarifas. Segundo ele, até a semana passada ainda havia reuniões técnicas em andamento.

O governo também pretende dialogar com empresas americanas que compram ou vendem para o Brasil, buscando apoio para pressionar pela revisão da tarifa. Alckmin enfatizou o empenho em reverter a medida, considerada inadequada pelo governo brasileiro. “O Brasil não tem superávit com os EUA. Na verdade, o contrário. Dos dez produtos que eles mais exportam para cá, oito têm tarifa zero. Vamos trabalhar junto com a iniciativa privada.”

O Palácio do Planalto avalia possíveis reações se Washington mantiver a taxação, prevista para vigorar em 1º de agosto. Entre as alternativas está o uso da lei de reciprocidade econômica, regulamentada nesta terça-feira, como referência para eventuais contramedidas.

Fonte: cenariomt

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