No entanto, ressaltou que a responsabilidade principal por resolver o impasse é do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e não do governador Mauro Mendes (União).
“Talvez o setor mais afetado proporcionalmente seja o madeireiro, que já tem uma relação de exportação dedicada ao mercado americano. Óbvio que estamos dispostos a sentar com o setor para dialogar sobre formas de amenizar o impacto, mas a responsabilidade principal é do governo federal. O presidente da República tem que abrir diálogo e resolver essa questão, como todos os outros presidentes já fizeram quando houve tarifas impostas pelos americanos”, disse.
Ele reforçou que a solução não pode servir de palanque eleitoral, mas precisa de uma postura diplomática efetiva para reduzir os danos à economia brasileira.
“O governo federal não pode se esquivar dessa responsabilidade. É preciso sentar, mostrar a importância e o impacto desse tarifaço para os brasileiros e buscar uma saída. Resolver o problema é o que interessa”, completou.
Sobre sugestões de economistas para que o governo estadual reconheça créditos de ICMS como forma de aliviar o caixa das empresas e evitar demissões, Garcia afirmou que ainda não recebeu propostas formais para análise.
“Desconheço pleitos nesse sentido. É importante que cheguem à Casa Civil para analisarmos a legitimidade, legalidade e impactos. O que posso garantir é que estamos abertos ao diálogo e sensíveis ao que está acontecendo com o setor madeireiro”, afirmou.
O setor madeireiro é o mais afetado no estado, já que mantém relações comerciais consolidadas com o mercado norte-americano. Com a medida, cerca de 500 contêineres de pisos de madeira maciça e decking de Mato Grosso estão parados, representando prejuízo estimado em até R$ 45 milhões e travando contratos dolarizados.
Fonte: Olhar Direto