Turismo

Golpes de taxistas no Aeroporto de Lisboa ressurgem: dicas para evitar

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Primeiro veio a concorrĂȘncia dos Ubers, depois a pandemia e finalmente parecia que pegar tĂĄxi no aeroporto de Lisboa tinha se transformado numa experiĂȘncia normal para qualquer passageiro desembarcando numa capital europeia. Confiante, cheguei inclusive a apagar do celular os “TVDEs” – forma como os transportes por aplicativos sĂŁo chamados oficialmente em Portugal.

Doce engano.

Meus Ășltimos quatro ou cinco desembarques em Lisboa, recentemente, me provaram que eu estava redondamente enganada. Ou como diz uma amiga, “nĂŁo hĂĄ nada tĂŁo ruim que nĂŁo possa piorar”.

Na primeira vez, nĂŁo havia fiscal na fila e o cenĂĄrio era de dar vergonha: motoristas fora dos carros gritando e escolhendo quem queriam levar, como num leilĂŁo – e invariavelmente escolhiam estrangeiros que nĂŁo falavam uma palavra em portuguĂȘs (no desembarque seguinte entendi o motivo). Depois de esperar quase meia hora atĂ© que alguĂ©m me “aceitasse”, querendo acreditar que aquela situação absurda era passageira, peguei um motorista encrenqueiro com direito a discussĂŁo e cobrança indevida na porta de casa.

No segundo episódio, um motorista jovem me perguntou o que eu queria antes de entrar no carro: “um táxi, como parece ser óbvio, não?” Eu já estava pronta pro embate. Com fiscal na fila, seguimos viagem. Descuidada, só perto de casa vi que ele não tinha ligado o taxímetro. O que ele não esperava era que eu soubesse o valor de cor. E explicou a razão: ele agora só quer pegar americanos – que dão gorjetas gordas e ainda agendam corridas privadas para os dias a seguir. 

Uma semana antes, uma amiga desavisada pagou quase cinco vezes o valor normal de uma corrida, sem saber. Inacreditåveis cinquenta euros no trecho aeroporto-Campo de Ourique! 

Sem qualquer embasamento cientĂ­fico ou denĂșncia legal, infelizmente acabei de assumir que a fama tenebrosa de outros tempos estĂĄ de volta. Com o agravante de que os Ubers nĂŁo podem mais pegar passageiros na saĂ­da – apenas num estacionamento bem mais longe do desembarque.

SerĂĄ que Ă© difĂ­cil perceber que chegar bem numa cidade Ă© fundamental para as pessoas continuarem a voltar? Ou vale a lei do Algarve de que ninguĂ©m tem que tratar ninguĂ©m bem sĂł porque estĂĄ de passagem? Enquanto Portugal estiver mergulhado nesta onda do turismo desenfreado, eu temo que a situação sĂł piore. Perdem os portugueses, perdem os moradores, perdem os turistas. Perdemos todos. SerĂĄ que ganham os taxistas? Tenho as minhas dĂșvidas.

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Fonte: viagemeturismo

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