Ele destacou que, em 2019, a participação do governo federal no orçamento total da saúde era de 17%, caindo para apenas 6% atualmente. Ele disse que o atual repasse é de apenas R$ 500 milhões, quando deveria ser de R$ 1 bilhão. Para 2024, a saúde terá um orçamento de R$ 4,24 bilhões.
“E é importante dizer também que nós tivemos, ao longo dos últimos 7 anos, uma diminuição brutal dos repasses federais. Mato Grosso tinha, em 2019, recebido 17% de todo o orçamento da saúde vindo do Governo Federal. Hoje está com 6%. Nós perdemos em torno de 10%”, disparou na entrevista após a segunda audiência pública sobre o Projeto de Lei Orçamentária Anual para 2026 nesta terça-feira.
“Hoje o Governo Federal repassa R$ 500 milhões. Se a gente tivesse na mesma metade de 2019, nós teríamos que receber do Governo Federal R$ 1 bilhão de reais. O dobro. E isso não é repassado. Então, hoje, quem faz a saúde em Mato Grosso é verdadeiramente o Governo do Estado, com todos os mato-grossenses e, obviamente, com o apoio da Assembleia Legislativa. Isso precisa ser dito. O Governo Federal virou as costas para a saúde de Mato Grosso”, continuou.
Gallo disse que apesar da queda brusca de repasses, o governo do Estado tem feito grandes investimentos na Saúde. Ele citou, por exemplo, a construção dos 4 hospitais regionais, mais o Hospital Central e também mais aporte no novo Júlio Müller – esses dois últimos localizado em Cuiabá.
“Nós temos que entender que ao longo dos últimos anos, nos sete anos, nós estamos fazendo grandes investimentos na saúde. São investimentos em quatro hospitais no interior do estado. No hospital central, aqui em Cuiabá, nós colocamos mais de R$ 150 milhões de reais no hospital Júlio Muller, que fica na estrada para Santo Antônio”, comentou.
“E isso dá, só neste ano, em torno de R$ 800 milhões de reais de investimentos. E são investimentos que não se repetem. Então, significa dizer que no orçamento da saúde, tem uma parte do orçamento da saúde que são recursos investidos com o hospital que você constrói uma vez, e depois, obviamente, aquele investimento não existe mais”, completou.
Quando questionado sobre o valor subestimado de R$ 1,5 bilhão para o setor de saúde, o secretário de Fazenda, Rogério Gallo, destacou a queda da participação federal no financiamento do setor em Mato Grosso. Ele também argumentou que pretende fazer o redimensionamento a partir do momento em que todos esses hospitais estiverem em funcionamento.
“Os quatro [hospitais] regionais que estão em construção e o hospital central. E aí sim, nós vamos dar a cobertura para aquilo que seria considerado o orçamento ideal para a saúde, limpando tudo aquilo que nós temos hoje de gastos que são sazonais, que são gastos que não se repetirão conforme nós demonstramos”.
Fonte: Olhar Direto






