A rebateu declarações da ex-presidente Dilma Rousseff sobre a memória do regime militar no Brasil, que ocorreu entre 1974 e 1985. A petista, que é a atual presidente do Novo Banco de Desenvolvimento, afirmou que a história de Rubens Paiva, contada no filme Ainda Estou Aqui, pôde ser contada por causa da Comissão da Verdade.
“É motivo de orgulho saber que a história de Rubens Paiva e de sua família — especialmente a busca incansável de Eunice Paiva pela verdade e pela justiça — pôde ser contada graças ao trabalho da Comissão Nacional da Verdade, que criei durante meu governo para investigar os crimes da ditadura”, afirmou Dilma no Instagram.
A Comissão da Verdade, instituída em 2011, teve o objetivo de investigar crimes do regime militar. Em comunicado nas redes sociais, a Fundação FHC reconheceu o trabalho da comissão, mas destacou que, durante o governo de Fernando Henrique Cardoso, de 1995 a 2002, já foram adotadas medidas significativas para tratar dos crimes cometidos pelo Estado durante o regime militar.
FHC criou comissão para investigar crimes
A criação da Comissão sobre Mortos e Desaparecidos, em 1995, foi citada pelo órgão. A fundação afirmou que, durante o governo de FHC, em 1996, foi emitida a certidão de óbito de Rubens Paiva, ao reconhecer o sequestro, a tortura e o assassinato que ele sofreu.
“A ex-presidente deixa de mencionar que, antes da Comissão da Verdade, houve a Comissão sobre Mortos e Desaparecidos, criada em 1995 pelo ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, o primeiro a reconhecer as violações de direitos humanos cometidas pelo Estado brasileiro durante a ditadura militar”, declarou a fundação.
Em 2024, por decisão do Conselho Nacional de Justiça, a certidão de óbito de Rubens Paiva foi revisada para incluir referências às “circunstâncias violentas causadas pelo Estado brasileiro”, que resultaram em sua morte.
“Na história, não se constrói nada do zero”, afirmou a fundação.
Fonte: revistaoeste
