O mercado físico do boi gordo voltou a ter preços mais altos nesta terça-feira (5). O analista da consultoria Safras & Mercado Fernando Henrique Iglesias considera que o ambiente de negócios ainda sugere pela continuidade deste movimento no curto prazo.
De acordo com ele, isso acontece em linha com o atual posicionamento das escalas de abate, cada vez mais curtas, em especial entre os frigoríficos de menor porte.
“A demanda doméstica também ocupa um papel relevante neste movimento, considerando o Dia dos Pais como uma data comemorativa relevante, que causa impacto positivo no consumo de carne bovina”, diz.
Por fim, Iglesias ressalta que também é importante mencionar que apesar das dificuldades com o mercado norte-americano, o Brasil caminha a passos largos para alcançar um novo recorde de embarques.
Em relação a julho de 2024, houve alta de 56,5% no valor médio das vendas externas da proteína e ganho de 24,5% na quantidade média diária exportada, conforme dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex).
Preços médios do boi gordo
Mercado atacadista
O mercado atacadista ainda se depara com preços firmes para a carne bovina. Conforme Iglesias, a expectativa ainda é de alta dos preços, considerando que além da entrada dos salários há o adicional de consumo relacionado ao Dia dos Pais.
O movimento tende a ser limitado pelo perfil de consumo da população brasileira que ainda prioriza proteínas mais acessíveis, em especial a carne de frango.
O quarto traseiro ainda é precificado a R$ 22,40 por quilo; o dianteiro segue cotado a R$ 17,50 por quilo; e a ponta de agulha foi precificada a R$ 17,00 por quilo.
Câmbio
O dólar comercial encerrou a sessão estável, sendo negociado a R$ 5,5060 para venda e a R$ 5,5040 para compra. Durante o dia, a moeda norte-americana oscilou entre a mínima de R$ 5,4986 e a máxima de R$ 5,5361.
Fonte: canalrural