A chocante obra-prima de , , foi lançada em 1975 e continua sendo uma das experiências cinematográficas mais extenuantes a que alguém pode se submeter. Lendas e histórias cercam o título proibido em muitos países. Por exemplo, há a teoria de que o conteúdo controverso e antifascista tenha algo a ver com o assassinato do diretor poucos dias após a estreia.
Pasolini baseou a estrutura do filme nos círculos do inferno de Dante: paixão, degradação e sangue. A inspiração, no entanto, veio talvez da figura mais depravada da história da literatura, de quem deriva o termo “sadomasoquismo”.
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O Marquês de Sade escreveu a base para um dos filmes mais violentos de todos os tempos no século XVIII
O filme escandaloso de Pasolini narra as aventuras degradantes e sexualmente violentas na república fascista de Saló, no norte da Itália. Lá, quatro homens poderosos sequestraram 18 adolescentes e, com a ajuda de jovens guardas, os submeteram a meses de tortura. A obra controversa compartilha o título “Os 120 Dias de Sodoma” com um texto de 240 anos do infame . Preso na Bastilha por seus romances pornográficos e por uma tentativa de fuga, o aristocrático autor francês não se deixou intimidar por sua criatividade, mesmo atrás das grades. Assim, por volta de 1785, foi criado o romance episódico sobre as práticas sexuais sádicas de quatro protagonistas.
Para seu filme, Pasolini adaptou o texto do Marquês e ambientou a ação nos meses finais do Estado fantoche fascista do Terceiro Reich. Os quatro protagonistas carregam os mesmos títulos do original centenário: o Príncipe/Juiz (), o Presidente (), o Bispo () e o Financista ().
Produzioni Europee Associate (PEA)
O próprio Marquês de Sade foi retratado em vários filmes sobre ele e suas obras depravadas ao longo dos anos. Por exemplo, em Santuário Mortal (1969) e em (2000).
O filme não está disponível no Brasil.
Fonte: adorocinema
