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Exposição em Lisboa: Obras de Paula Rego e Adriana Varejão juntas em destaque

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As obras de duas grandes artistas de diferentes gerações estão reunidas em uma mostra na Fundação Calouste Gulbenkian, em Lisboa. A exposição Paula Rego e Adriana Varejão – Entre os vossos dentes, realizada no Centro de Arte Moderna da instituição, apresenta cerca de 80 obras nesta que é a primeira exibição conjunta das artistas em Portugal.

Com curadoria de Adriana Varejão, Helena de Freitas e Victor Gorgulho, a exposição vai até o dia 22 de setembro e distribui-se em 13 salas, cada uma dedicada a um tema distinto. O título “Entre os vossos dentes” é retirado de um poema de Hilda Hilst no qual a autora critica o poder e a exploração humana. Assim, a mostra propõe uma reflexão sobre o entrelaçamento entre o patriarcado, o colonialismo e outras estruturas de opressão.

A brasileira Adriana Varejão é reconhecida pela linguagem de suas obras que exploram elementos barrocos da escultura e da pintura abordando narrativas coloniais e outras questões da história do Brasil. Já a pintora luso-britânica Paula Rego (1935-2022) foi uma das artistas da arte figurativa contemporânea mais influentes do mundo. Em sua pintura, explorou relações humanas e dinâmicas de poder na sociedade através de elementos de contos populares, fadas e mitos.

 

Serviço

Paula Rego e Adriana Varejão – Entre os vossos dentes
Quando? Até 22 de setembro. De segunda, quarta, quinta, sexta e domingo, das 10h às 18h. Aos sábados, das 10h às 21h.
Onde? Centro de Arte Moderna Gulbenkian – Rua Marquês de Fronteira, nº2 – Lisboa.
Quanto? Entre € 8 e 14. Ingressos pelo site.

Fundação Calouste Gulbenkian vale a visita em Lisboa

Embora às vezes escape dos roteiros mais tradicionais da capital portuguesa, a Fundação Calouste Gulbenkian é um museu multidisciplinar que vale a pena conhecer. Criada em 1956, a instituição nasceu do testamento de Calouste Sarkis Gulbenkian, um filantropo de origem armênia que viveu em Lisboa entre 1942 e 1955.

Hoje, a sede da instituição na capital portuguesa conta com um museu que guarda a coleção particular do fundador, uma biblioteca de arte, um instituto de investigação científica, uma orquestra e jardins encantadores.

 

A estrutura de edifícios da Fundação Gulbenkian em Lisboa reflete bem os objetivos da instituição com foco em arte e ciência. O prédio principal do Museu Calouste Gulbenkian foi inaugurado em 1969, após um concurso que elegeu o projeto dos arquitetos Ruy Jervis d’Athouguia, Pedro Cid e Alberto Pessoa.

O complexo se ergue em torno de dois jardins interiores com vãos envidraçados, o que permite um diálogo entre a arte e a natureza. Considerado um marco arquitetônico na museologia, o prédio foi classificado como Monumento Nacional, em 2010. No momento, é possível admirá-lo apenas por fora, já que está fechado para reformas até 2026.

Por outro lado, é possível visitar os demais espaços da fundação, como o Centro de Arte Moderna, onde ocorre a exposição de Paula Rego e Adriana Varejão. O projeto original do CAM é de autoria do britânico Leslie Martin, concluído em 1983, e foi redesenhado integralmente pelo arquiteto japonês Kengo Kuma, com reinauguração em 2024.

O novo desenho amplia a ligação entre o prédio e a natureza, promovendo uma integração entre o interior e o exterior. Os jardins da Fundação Gulbenkian são de igual importância. Na parte norte, o jardim tem projeto dos arquitetos paisagistas Gonçalo Ribeiro Telles e António Viana Barreto, e hoje conta com mais de 270 espécies de flora. O jardim sul, por sua vez, faz parte do novo projeto e foi concebido pelo arquiteto paisagista Vladimir Djurovic.

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Fonte: viagemeturismo

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