O ex-refém Keith Samuel Siegel, de 65 anos, agradeceu a Donald Trump, presidente dos Estados Unidos, por ter sido libertado do cativeiro do Hamas.
Em vídeo divulgado pelas redes sociais, nesta sexta-feira, 14, Siegel atribuiu a Trump uma participação decisiva, por ele ter se envolvido no acordo de libertação dos reféns e no cessar-fogo.
Antes da interferência de Trump, que atuou na negociação antes mesmo de tomar posse, em 20 de janeiro, o impasse já durava 15 meses. Siegel pediu ainda que Trump garantisse a continuidade do acordo até que todos os reféns fossem libertados.
“Meu nome é Keith Siegel, sou um cidadão norte-americano de 65 anos”, disse ele, em inglês, na declaração em vídeo, com um laço amarelo preso ao moletom. O laço amarelo é um símbolo na luta pela libertação dos sequestrados.
“Eu amo música country e amo panquecas nas manhãs de sábado, mas isso era minha vida anterior.”
Nesta semana, Trump havia ameaçado apoiar o fim do cessar-fogo caso o Hamas cumprisse a ameaça de desfazer o acordo, depois de o grupo terrorista acusar Israel de não cumprir alguns itens.
O Hamas, no entanto, voltou atrás e já adiantou que, neste sábado, 15, serão libertados os reféns Sagui Dekel Chen, Alexander Sasha Troufanov e Iair Horn.
Nascido nos Estados Unidos, Siegel é marido de Aviva, libertada durante o acordo de cessar-fogo em novembro de 2023.
Ela ficou 51 dias em cativeiro e se dedicou à libertação de seu marido. Siegel, que deixou o cativeiro no dia 1º de fevereiro, afirmou que as condições eram cruéis.
“Desde 1º de fevereiro, sou um refém libertado do Hamas”, declarou. “Sou um sobrevivente. Fui mantido por 484 dias em condições inimagináveis. Cada dia parecia que poderia ser o meu último.”
Ele acrescentou que “viveu com medo constante, medo pela minha vida e pela minha segurança pessoal.”
“Fui faminto e fui torturado, tanto fisicamente quanto emocionalmente.”
Reféns indefesos
A situação, conforme relatou Siegel, piorou quando os combates entre Israel e o grupo terrorista se intensificaram.
“Os terroristas me chutaram, cuspiram em mim e me mantiveram sem água, sem luz, sem ar para respirar”, contou ele.
Para Siegel, somente uma interferência firme como a que ele vê em Trump pode reverter, pelo menos em parte, esse cenário trágico.
“Sua liderança, poder e autoridade são necessários para fazer cumprir o cessar-fogo e pôr fim aos perigos diários desnecessários para as vidas dos reféns inocentes e civis”, declarou o ex-refém. “Eu confio em sua força e liderança, sr. presidente. Os reféns indefesos nos túneis escuros e frios de Gaza também confiam em você. Por favor, traga-os para casa.”
Fonte: revistaoeste
