No último mês de julho, a Embrapa Algodão em parceria com instituições ligadas à cadeia produtiva do algodão no Ceará realizou uma série de eventos com o objetivo de fortalecer e ampliar o cultivo de algodão no estado. O mais recente foi um dia de campo no último dia 31, no município de Tauá, em parceria com a Secretaria de Desenvolvimento Econômico do Ceará (SDE) e outras instituições cearenses. Na ocasião, foram discutidas alternativas de revitalização do cultivo de algodão, apresentados os avanços da atividade na região e as melhorias de revitalização da cultura no Ceará. Além de contribuir para a produção local, a ideia é atrair indústrias de beneficiamento de algodão para a região, gerar empregos e fortalecer a economia local.
O analista da Embrapa Algodão Gildo Araújo apresentou palestra abordando o bom desempenho de cultivares e linhagens para a região dos Inhamuns. A palestra também teve como tema tratos culturais, qualidade de fibra e desempenho econômico.
O evento contou com a presença de empresários do setor algodoeiro, incluindo representantes da indústria têxtil, além do secretário da SDE, Domingos Filho; do presidente da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado do Ceará (Faec), Amílcar Silveira, e membros do Núcleo de Tecnologia e Qualidade Industrial do Ceará (Nutec).
Já na Missão Velha, aconteceu no dia 29, o Seminário Regional do Algodão, realizado anualmente pela Associação dos Produtores de Algodão do Estado do Ceará (Apaece), o evento ocorreu em parceria com os 74 municípios cearenses que trabalham com o cultivo do algodão. Com o tema Do campo à indústria – a força do algodão cearense, o evento teve como objetivo reforçar a importância do algodão para a agricultura familiar do estado.
O evento contou com três palestras da Embrapa Algodão, abordando Cultivares de algodoeiro adaptados para o Semiárido do Cariri (pesquisador Francisco Farias), Adubação e fertilidade do solo no Semiárido do Nordeste (pesquisador Gilvan Ferreira) e Manejo fitotécnico da cultura do algodoeiro no Semiárido (analista Gilvan Ferreira).
O seminário reuniu produtores, técnicos, professores, gestores públicos, pesquisadores, empresários e estudantes para debater estratégias para o fortalecimento da cotonicultura no Ceará.
Algodão agroecológico
No início do mês o município de Quixeramobim, no sertão central do Ceará, foi palco de um dia de campo sobre algodão agroecológico em sistemas agroalimentares. Na propriedade do agricultor Timóteo Monteiro, na comunidade Oiticica, distrito de Paus Brancos, foi instalada uma Unidade de Aprendizagem e Pesquisa Participativa (UAP), onde agricultores, técnicos e específicos na cultura puderam conhecer as técnicas de cultivo do algodão agroecológico consorciado com outras culturas alimentares sem uso de aditivos químicos e com certificação orgânica.
“A cultura do algodão já foi muito importante para a nossa região e eu espero que com essas novas técnicas o algodão dê certo aqui novamente e que se multiplique”, disse Timóteo Monteiro.
O dia de campo foi uma atividade do projeto de Fortalecimento e expansão do algodão agroecológico em consórcios no Semiárido, financiado pelo Ministério do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar – MDA, com a parceria da Secretaria de Defesa Agropecuária – SDA e Empresa de Assistência Técnica e Extensão do Ceará – Ematerce.
A programação conto com palestras sobre Controle de Justiça no algodoeiro e o uso de bioinsumos (analista Gildo Araújo); Cultivares de algodão adaptados ao Semiárido e as culturas em consórcios (técnico José Carlos Aguiar).
Também participaram do evento o coordenador do projeto pesquisador Frederico Lisita, o secretário executivo da Secretaria de Desenvolvimento Agrário – SDA/CE Marcos Jacinto de Sousa, representantes da Apaece e da prefeitura de Quixeramobim.
Fonte: cenariomt