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LUCAS DO RIO VERDE

Evento Além do Olhar reúne especialistas e lideranças para debater políticas públicas sobre autismo em Lucas do Rio Verde: saiba mais!

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O plenário da Câmara de Vereadores de Lucas do Rio Verde recebeu, na tarde desta segunda-feira (8), o evento “Além do Olhar – Autismo não tem cara”, iniciativa que reuniu autoridades, profissionais de saúde, educadores, familiares e a sociedade civil em torno da pauta do Transtorno do Espectro Autista (TEA). A programação teve início às 14h e se estendeu até o início da noite, com painéis técnicos, debates e a inauguração de uma exposição fotográfica.

O vereador Wlad Mesquita, que acompanhou a atividade ao lado do vereador Nelsinho Hasegawa, destacou a importância da constância nos debates sobre o tema no Legislativo. “Esta Casa de Leis quer fazer isso várias vezes no ano, para aprendermos juntos e buscarmos políticas públicas que deem certo, adaptando à nossa realidade. Esse é um compromisso de longo prazo”, afirmou.

Já Hasegawa reforçou o papel da Câmara na defesa de políticas públicas que atendam as famílias atípicas: “Estamos aqui para debater e defender ações que melhorem a qualidade de vida das crianças e de suas famílias. É a partir desse diálogo que ideias podem se transformar em políticas concretas”, ressaltou.

A ex-vereadora Sandra Barzotto também participou do encontro e destacou o valor da presença das famílias no debate. “Os pais de crianças autistas tornam-se professores pela necessidade de aprenderem a lidar e interagir. Mas é preciso que toda a sociedade esteja informada e envolvida, porque o autismo não é apenas uma questão familiar ou escolar, é um desafio coletivo”, pontuou.

A presidente da Associação Luverdense de Familiares e Amigos de Autistas (Alfaa), Carla Quinzani, lembrou que o trabalho de mobilização tem sido feito de forma contínua, ainda que muitas vezes invisível. “É uma construção a muitas mãos, um trabalho de formiguinha. Avançamos em algumas pautas importantes, mas precisamos fortalecer as redes de apoio e buscar políticas públicas que realmente atendam às demandas das famílias”, disse.

A iniciativa foi organizada por Natália Mathis, que idealizou o encontro e coordenou a programação. Ela agradeceu aos apoiadores e explicou que o evento nasceu “do coração de Deus”, com o propósito de dar visibilidade às famílias e estimular ações concretas de inclusão.

Programação

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O evento conta com uma série de painéis temáticos:

  • Como estimular o aprendizado das crianças atípicas, com a psicopedagoga Veridiane Carnieletto;
  • O olhar da psicologia para as famílias atípicas, com a psicóloga Raquel Marques;
  • A contribuição das terapias integrativas no cuidado do autista, com a terapeuta integrativa e cirurgiã-dentista Cristiane de Paula Pedro;
  • O direito constitucional ao tratamento de saúde, com a advogada Ludmila Ferraz, especialista em direito da saúde;
  • Os desafios clínicos do diagnóstico e a importância do acompanhamento médico, com a pediatra e residente em neurologia pediátrica Dra. Gabriella Viola.

Às 16h, foi inaugurada a exposição fotográfica “Autismo não tem cara”, sob curadoria de Natália Mathis, que retrata famílias luverdenses e suas crianças atípicas, proporcionando visibilidade e empatia.

Encerrando a programação, houve uma mesa-redonda com especialistas e representantes das famílias, seguida de audiência pública, com o objetivo de transformar as discussões em encaminhamentos efetivos para políticas públicas municipais.

O contexto do autismo no Brasil

De acordo com dados do Censo Demográfico 2022 do IBGE, o Brasil tem cerca de 2,4 milhões de pessoas diagnosticadas com TEA, o equivalente a 1,2% da população. A prevalência é maior em meninos (1,5%) do que em meninas (0,9%), e o diagnóstico é mais comum na faixa etária de 5 a 9 anos (2,6%). Esses números reforçam a necessidade de ações integradas em saúde, educação e inclusão social.

Com uma tarde dedicada ao tema, Lucas do Rio Verde dá um passo importante na construção de políticas públicas voltadas ao autismo, reforçando a mensagem de que o espectro não tem “cara”, mas exige olhar atento e comprometido da sociedade.

Fonte: cenariomt

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