Os Estados Unidos cancelaram os vistos da mulher e da filha do ministro da Saúde do governo Lula, Alexandre Padilha. A mulher do ministro e a filha do casal, de 10 anos, estão no Brasil.
O ministro não teve o visto cancelado porque o dele está vencido desde 2024, conforme ele mesmo revelou ao portal g1, nesta quinta-feira 14.
Segundo o g1, o Consulado-Geral dos Estados Unidos em São Paulo informou à família do ministro sobre os cancelamentos na manhã desta sexta-feira, 15.
O governo norte-americano argumentou que “surgiram informações indicando” que a mulher e a filha de Padilha não eram mais elegíveis.
Sem os vistos, a mulher e a filha do ministro estão impedidas de entrar nos EUA. Caso estivessem em solo norte-americano, os vistos seriam cancelados assim que deixassem o país.
O cancelamento dos vistos ocorre em meio a sanções impostas pelos EUA a brasileiros ligados ao programa Mais Médicos.
Esta semana, o Departamento de Estado dos EUA revogou vistos de funcionários do Ministério da Saúde ligados ao programa Mais Médicos.
O governo Trump cancelou os vistos de Mozart Julio Tabosa Sales, secretário de Atenção Especializada à Saúde do Ministério da Saúde, e de Alberto Kleiman, ex-assessor de Relações Internacionais do ministério e atual coordenador-geral para a COP30.
Ao , na quarta-feira 13, o secretário de Estado dos EUA, Marco Rubio, classificou o programa como um “esquema” destinado à exploração de profissionais cubanos.
O Programa Mais Médicos teve início no governo da ex-presidente Dilma Rousseff, em junho de 2013, quando a petista firmou a parceria com a ditadura cubana. O objetivo da iniciativa, segundo alegavam os políticos do PT, era “expandir a atenção médica no país” ao trazer profissionais de Cuba.
Para o governo norte-americano, contudo, o programa foi um “golpe diplomático inconcebível de “missões médicas estrangeiras”. Rubio já havia avisado que a administração Trump expandiria a política de restrição de vistos relacionada ao regime cubano.
Depois do anúncio dos EUA sobre o Mais Médicos, o ministro Alexandre Padilha defendeu o programa e citou ataques à “soberania” do Brasil.
“O Mais Médicos, assim como o PIX, sobreviverá aos ataques injustificáveis de quem quer que seja”, disse Padilha em publicação no X. “O programa salva vidas e é aprovado por quem mais importa: a população brasileira. Não nos curvaremos a quem persegue as vacinas, os pesquisadores, a ciência e, agora, duas das pessoas fundamentais para o Mais Médicos na minha primeira gestão como Ministro da Saúde, Mozart Sales e Alberto Kleiman.”
Fonte: revistaoeste