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SAÚDE

EUA autorizam produção de carne suína geneticamente modificada: O que isso significa?

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A Food & Drug Administration (FDA), o equivalente americano da Anvisa, autorizou a produção e comercialização nos EUA, para consumo humano, da carne suína desenvolvida pela empresa britânica Genus – que criou uma linhagem de porcos geneticamente modificados. 

A empresa utilizou a técnica CRISPR, uma das principais ferramentas da engenharia genética, para tornar os porcos imunes à síndrome reprodutiva e respiratória dos suínos (PRRS, na sigla em inglês). 

Essa doença, que foi identificada pela primeira vez na década de 1980, é causada pelo vírus Arterivirus e pode causar perda de peso, letargia, falhas reprodutivas e morte dos suínos. 

Ela é facilmente transmissível por meio de secreções dos animais contaminados, e também pode contaminar a água, os alimentos ou as instalações onde os porcos são mantidos, bem como objetos que tenham entrado em contato com eles. Até o trânsito de funcionários entre uma fazenda e outra pode espalhar a doença.  

Existem vacinas, feitas de vírus vivo ou vírus inativado, para proteger os porcos da PRRS. Mesmo assim, ela é considerada um problema nos EUA, onde causa perdas anuais de 300 a 600 milhões de dólares (a maior parte resulta do sacrifício dos animais, necessário para evitar que a doença se espalhe). Não há casos de PRRS registrados no Brasil. 

O vírus que causa a doença utiliza um receptor celular, o CD163, para invadir os glóbulos brancos do sangue dos porcos. Nos animais geneticamente modificados, um pedaço desse gene foi retirado, o que teoricamente impede a infecção. Segundo a Genus, o procedimento proporciona 99% de proteção contra a doença.

A autorização da FDA significa que a Genus e seus parceiros podem começar a cultivar os novos porcos – cuja carne deve começar a chegar aos supermercados americanos em 2026. Mas os consumidores talvez nem fiquem sabendo disso: como os porcos criados pela Genus não são transgênicos (não receberam DNA de outra espécie), as bandejas de carne não precisam trazer qualquer referência à alteração genética.

A Genus também pretende conseguir autorização em países como México, Canadá, Japão e China, que costumam importar carne suína produzida nos EUA. 

 

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Fonte: abril

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