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SAÚDE

Estudo revela que corvos podem contar em voz alta como os humanos

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NĂŁo consegue dormir e precisa contar carneirinhos? VocĂȘ pode pedir ajuda para um corvo. Um experimento revelou que esses animais fazem algo que se imaginou que sĂł humanos conseguiam: contar em voz alta.

(Ok. Talvez vocĂȘs nĂŁo consiga dormir por causa do barulho da ave. Mas vai ter uma noite bem interessante.)

Emitir um nĂșmero certo de vocalizaçÔes em sequĂȘncia Ă© uma atividade complexa, mas os corvos fizeram jus Ă  sua reputação de animais inteligentes e arrasaram no teste, demonstrando muita flexibilidade cognitiva.

O estudo, publicado na revista Science, aponta para novos jeitos de entender como surgiram as habilidades matemĂĄticas do ser humano. Estudar as relaçÔes de outros animais com os nĂșmeros pode ser um caminho para entender o nosso apreço por eles.

Corvos podem fazer contas?

TrĂȘs gralhas-pretas, da espĂ©cie Corvus corone, foram as cobaias do experimento. Elas jĂĄ eram treinadas para fazer barulho sob comando. Depois disso, a prĂłxima fase consistiu em exposição constante, durante meses, Ă s imagens de algarismos numĂ©ricos, associados ao nĂșmero de grasnadas que os corvos deveriam emitir, e depois foram expostos a efeitos sonoros associados a nĂșmeros diferentes.

No teste, eles deveriam responder com o nĂșmero correto de vocalizaçÔes Ă s deixas visuais ou auditivas que lhes eram apresentadas e bicar um botĂŁo para mostrar que tinham acabado sua resposta. Quando os corvos acertavam, recebiam aperitivos de sementes e minhocas como recompensa.

As aves acertaram a maioria das vezes, muito acima do que poderia ser atribuĂ­do Ă  sorte. Os pesquisadores começaram a comparar esses acertos e perceber que eles conseguiriam prever o nĂșmero de grasnidos emitidos com base no som do primeiro barulho, que era diferente dependendo de quantos nĂșmeros seriam contados. Isso sĂł deixa mais claro que havia um processo cognitivo por trĂĄs, e nĂŁo sĂł uma repetição mecĂąnica.

Algumas vezes, eles atĂ© começavam com o barulho indicando a quantidade de sons certa, mas se perdiam no meio do caminho, como uma criança brincando de esconde-esconde que pula alguns nĂșmeros para chegar logo no fim. Mesmo assim, a taxa de acertos superava os erros.

O entendimento que os corvos tĂȘm dos nĂșmeros Ă© bem diferente do nosso. Eles nĂŁo pensam nos nĂșmeros de forma simbĂłlica. Por mais que consigam contar, eles nĂŁo conseguiriam resolver uma fĂłrmula de Bhaskara ou mesmo uma conta de adição, claro. Mesmo assim, essa contagem rudimentar das aves pode representar um precursor evolutivo da nossa matemĂĄtica.

Fonte: abril

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