Uma pesquisa do , divulgada neste domingo, 16, mostra que 7 em cada dez brasileiros não confiam nas . Entre as 817 pessoas entrevistadas, apenas 24% afirmam confiar no Exército, na Marinha e na Aeronáutica, enquanto 4% não expressaram opinião sobre o tema. O levantamento foi elaborado para o programa GPS CNN.
Os dados do AtlasIntel indicam uma queda na credibilidade das Forças Armadas. A confiança na caserna atingiu seu auge em abril de 2023, segundo a série histórica do instituto. Na época, 46% dos entrevistados a respaldavam, enquanto 37% expressavam ceticismo.
Pouco depois, em julho do mesmo ano, a credibilidade caiu para 36%. Segundo Andrei Roman, CEO da AtlasIntel, a perda de confiança na instituição ocorre devido à sua polarização política.
“O principal, nessa piora recente, é que, durante o governo de Jair Bolsonaro, houve toda uma polarização da imagem das Forças Armadas”, disse o CEO da AtlasIntel ao jornal O Estado de S. Paulo. “Quem era bolsonarista adorava os militares e os via de forma positiva; e quem era de esquerda passou a ter um certo desprezo pelos militares. Era uma polarização quase metade-metade.”
Para Roman, a mudança de percepção ocorre à medida que eleitores de direita observam o silêncio das Forças Armadas diante de ações persecutórias contra o ex-presidente.
“Na medida em que o Exército e os militares ficaram cada vez mais calados, depois que o Lula assumiu o governo, muitos bolsonaristas passaram a atacar o comando das Forças e desqualificá-los como traidores, dizendo que eles não tiveram coragem de se levantar para defender Bolsonaro”, observou Roman.
Além disso, o AtlasIntel revelou o posicionamento dos entrevistados sobre medidas em discussão no Congresso Nacional. As propostas de cortes de gastos públicos têm o apoio de 54% dos participantes. Em contrapartida, a questão dos presos de 8 de janeiro divide a opinião pública, com 51% a favor e 49% contra.
Por fim, os entrevistados quase não demonstraram confiança no Congresso Nacional. Segundo o instituo, o índice de aprovação do Poder Legislativo é de 9%.
Fonte: revistaoeste
