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Estudo aponta alta incidência de malária em 5 cidades de Mato Grosso: Descubra os detalhes preocupantes

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Um estudo revelou a alta incidência nos casos de malária em cidades da região norte, oeste e noroeste de Mato Grosso, num período de 10 anos. Os principais contaminados são homens indígenas com idade entre 20 e 59 anos. Ao todo, foram identificados 20.819 casos da doença.

A pesquisa foi realizada como dissertação de mestrado pela farmacêutica e vice-presidente do Conselho Regional de Farmácia de Mato Grosso (CRF-MT), Valéria Gardiano, orientado pelo professor Victor Vitorino Lima, com coorientação da professora Josilene, da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), campus Araguaia, em Pontal do Araguaia (516 km de Cuiabá).

Intitulada “análise espaço-temporal da malária no estado de Mato Grosso – Amazônia Legal:
identificação das áreas de alto risco”, a pesquisa foi desenvolvida entre 2011 a 2021. A divulgação ocorreu neste ano de 2025.

Cidade com maiores índices:

  • Colniza
  • Aripuanã
  • Pontes e Lacerda
  • Apiacás
  • Nova Bandeirantes

Os povos indígenas foram os mais afetados pela malária durante o período de estudo, com uma incidência de 300,4/100 mil habitantes.

Entre os não indígenas, as maiores incidências foram observadas em indivíduos da raça amarela com 112,0/100.000 habitantes; parda com 70,6/100.000 habitantes; negra com 68,2/100.000 habitantes e branca com 38,1/100.000 habitantes.

Quanto ao nível de escolaridade, a maioria dos indivíduos infectados foram apenas o ensino fundamental incompleto, representando 51,8%.

“A gente queria saber quais eram os municípios que estavam mais propensos. Foi então que a gente fez essa análise espacial, de varredura. A função do nosso trabalho foi direcionar, quem sabe, através desse trabalho, os poderes públicos pegarem e direcionar políticas públicas. Não pode mandar a mesma quantidade de dinheiro para um município que não tem foco da malária”, disse Valéria Gardiano à reportagem do Primeira Página.

O estudo

Conforme o estudo, os casos da doença foram retirados dos bancos de dados públicos fornecidos pelo governo de Mato Grosso, Sistema Único de Saúde (SUS), Sistema de Informação de Agravos de Notificação e do Formulário de Notificação do Sistema de Informação de Vigilância Epidemiológica da Malária (SIVEP-Malária, Ministério da Saúde do Brasil).

Publicado na revista científica Lium Concilium, o estudo aponta que as regiões mais afetadas possuem baixo Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) e sofrem com a falta de saneamento básico, pavimentação e sistemas de drenagem adequados.

Também foi identificado que práticas como ecoturismo, pesca esportiva, criação de gado ao ar livre e desmatamento intensificam o contato entre humanos e o mosquito transmissor. Para ter acesso completo ao artigo clique aqui.

O que é a malária?

Segundo o Ministério da Saúde (MS), a malária é uma doença infecciosa transmitida pela picada do mosquito Anopheles (mosquito-prego). Não é uma doença contagiosa.

Os sintomas iniciais incluem febre alta, calafrios, tremores na pele e dor de cabeça.

Fonte: primeirapagina

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