O Pequeno Príncipe é uma das obras mais famosas do mundo e um manuscrito raro datilografado em carbono do livro vai, pela primeira vez, à leilão para o público geral.
O artefato apresenta o que se acredita ser a primeira aparição dos famosos versos: “Só se vê bem com o coração”. O que é essencial é invisível aos olhos”, de Antoine de Saint-Exupéry.
O texto está repleto de anotações e correções que o autor fez a próprio punho, para depois aperfeiçoar e finalizar o livro. O leilão deve ser realizado no final de novembro e o preço do texto está fixado em US$ 1,25 milhões (aproximadamente R$ 7 milhões de reais).
Rascunhos impressionantes
A maioria das páginas tem correções manuais e entre as mudanças está a remoção de referências a Nova Iorque, que foram substituídas por imagens mais universais.
“Ele preencheu o texto datilografado com suas próprias anotações, correções e adições manuscritas, para aperfeiçoar e finalizar o texto”, disse Sammy Jay, especialista sênior em literatura do Peter Harrington, em entrevista ao The Guardian.
O volume também é acompanhado por dois esboços originais a lápis do príncipe, incluindo um projeto preliminar para a ilustração final do livro e um cheque assinado por Saint-Exupéry.
Um dos três
A peça é uma das três únicas disponíveis no mundo. Além da que vai a leilão, uma cópia está no Harry Ransom, em Austin, enquanto a outra pode ser encontrada na Biblioteca Nacional da França, em Paris.
Para Sammy, o texto datilografado “é um objeto realmente evocativo e um objeto maravilhosamente improviso de certa forma”, contou.
O interior da pasta é muito cativante e está cheio de rabiscos, notas e esboços.
O Pequeno Príncipe
O Pequeno Príncipe foi publicado nos EUA em 1943. Além de textos religiosos, é o livro mais traduzido do mundo.
A história é narrada por um piloto que conhece o pequeno príncipe que, ao que parece, veio à Terra de um planeta muito distante.
Saint-Exupéry escreveu a obra enquanto estava em Nova Iorque. Na época, a França era ocupada em meio a Segunda Grande Guerra Mundial.
A obra chegou ao Brasil em 1952, com tradução de Dom Marcos Barbosa. Desde então, o livro foi traduzido por outros autores como Mário Quintana e Ferreira Gullar.
Fonte: sonoticiaboa