A sigla DST serve para denominar um grupo de doenças que podem afetar pessoas de qualquer idade, etnia e orientação sexual. Enquanto algumas delas não causam sintomas, outras podem apresentar sinais em diversas partes do corpo, como na região genital, na virilha, na palma das mãos, na língua e nos olhos.
O tratamento costuma ser capaz de diminuir os sintomas e as chances de complicações e, em alguns casos, pode levar à cura. No entanto, quando o diagnóstico não é realizado ou os medicamentos não são tomados corretamente, pode haver implicações em todo o organismo, incluindo síndromes neurológicas e infertilidade, e até mesmo a morte.
Para aumentar as chances de diagnóstico e prevenção, é importante conhecer as causas e os sintomas dessas doenças. Por isso, a seguir, veja uma lista completa com informações sobre as principais DSTs.
O que é DST?
A DST, ou doença sexualmente transmissível, é uma condição clínica transmitida principalmente durante relações sexuais sem proteção. Os quadros de DSTs podem ser causados por vírus, bactérias e outros microrganismos prejudiciais ou mesmo pela multiplicação excessiva de organismos comuns ao corpo humano.
Além do contato íntimo, outras formas de contágio incluem o compartilhamento de agulhas e a transfusão de sangue infectado. Um bebê também pode contrair a doença da mãe durante o nascimento ao passar pelo canal vaginal.
Qual a diferença entre DST e IST?
A sigla IST passou a ser usada oficialmente no lugar do termo DST desde o final de 2016. A nova nomenclatura é uma abreviação da expressão “infecções sexualmente transmissíveis” e foi adotada para destacar o fato de que essas condições podem ser propagadas independentemente da existência de sintomas visíveis.
Quais os tipos de DST?
As ISTs ou DSTs abrangem um grande número de infecções com sintomas e tratamentos diferentes. A melhor forma de identificar e prevenir esses quadros é conhecer as características mais comuns de cada um deles e, caso identificar algum sinal no próprio corpo, procurar um serviço de saúde o mais rápido possível.
Herpes genital
O herpes genital é uma doença viral cujos sintomas podem aparecer até 15 dias após o contato sexual sem preservativo. O microrganismo causador se instala nas raízes nervosas e se esconde do sistema nervoso, o que torna a cura bastante improvável.
A pessoa infectada costuma apresentar feridas, bolhas, ardência e vermelhidão nos órgãos genitais, nas coxas ou no ânus. Esses sinais podem vir acompanhados por mal-estar, febre, fadiga e calafrios.
Cancro mole
O cancro mole, também chamado de cancróide ou cancro venéreo, é uma doença sexualmente transmissível causada pela bactéria Haemophilus ducreyi. Trata-se de um quadro frequente em países tropicais e costuma acontecer mais em homens.
Um dos sintomas comuns são feridas na região íntima que doem, sangram e apresentam pus. Além disso, a pessoa infectada também pode ter dor ao urinar, evacuar ou ter relações sexuais, febre, corrimento com odor desagradável, fraqueza e cansaço.
HPV
O HPV, ou papilomavírus humano, é uma IST que pode ser causada por mais de cem tipos de vírus. O principal indício é a presença de verrugas na região íntima, na boca ou na garganta.
A transmissão sexual é o principal meio de infecção, mas também é possível contrair o microrganismo por meio da saliva e de cortes com objetos contaminados. O bebê também pode ser infectado no momento do parto caso a mãe seja portadora da doença.
Donovanose
A donovanose, ou granuloma inguinal, é uma DST causada por uma bactéria que se alimenta de pele e destrói o tecido de genitálias, virilha e ânus. Pode resultar em grandes caroços ou feridas que sangram, mas não doem.
Junto ao acompanhamento médico, o tratamento com antibióticos pode levar ao desaparecimento das lesões e à cura do paciente.
Gonorreia e infecção por clamídia
A gonorreia é uma infecção causada pelo contato com a bactéria Neisseria gonorrhoeae. Grande parte das mulheres infectadas não apresentam sintomas. Nos homens, a doença pode se expressar por meio de dor ao urinar, corrimento amarelado, sangramento e até dor de garganta.
Já a clamídia ocorre quando há contato íntimo desprotegido com pessoas infectadas pela bactéria Chlamydia trachomatis. Os sinais podem surgir em até 15 dias, mas nem sempre eles aparecem.
Tanto a gonorreia como a clamídia podem ser transmitidas para os bebês durante o parto se a mãe estiver infectada. Nesse caso, o recém-nascido pode apresentar indícios como inchaço nos olhos, secreções e dificuldade para abrir os olhos.
Linfogranuloma venéreo (LGV)
O linfogranuloma venéreo, também conhecido como LGV ou mula, é causado pela Chlamydia trachomatis, uma bactéria do mesmo gênero do causador da clamídia.
Essa doença gera feridas na região íntima, inchaço na virilha, dores e incômodos nas articulações, febre e mal-estar.
O tratamento deve ser feito com antibióticos para eliminar os sintomas e evitar possíveis complicações, como o acúmulo de linfa no pênis, no escroto ou na vulva, o que pode levar à elefantíase.
Tricomoníase
A tricomoníase é causada por diferentes espécies do protozoário Trichomonas. Os primeiros indícios podem aparecer em até 28 dias após o contágio, mas, em alguns casos, a doença é assintomática.
Além da relação sexual, a tricomoníase também pode ser adquirida pelo compartilhamento de toalhas úmidas, esponjas e banheiras com pessoas infectadas, além da transmissão para o feto no momento do parto.
Doença inflamatória pélvica (DIP)
A doença inflamatória pélvica, ou DIP, é uma síndrome que pode se desenvolver em decorrência de quadros não tratados de gonorreia, clamídia e tricomoníase em mulheres.
Ela acontece quando os microrganismos entram no canal vaginal e se encaminham em direção ao útero, às trompas e aos ovários, causando inflamações internas no sistema reprodutor.
Sífilis
A sífilis é uma IST bacteriana que pode ser adquirida durante o contato sexual ou por meio do compartilhamento de agulhas. Os primeiros sintomas surgem em até 3 semanas após o contágio e costumam incluir feridas doloridas na região íntima e manchas vermelhas nas mãos e nos pés.
Quando o tratamento é feito corretamente, a sífilis pode ser curada.
Infecção pelo HTLV
O HTLV é um vírus da mesma família do HIV, o causador da AIDS. Assim como o HIV, esse microrganismo atinge células de defesa do sistema imune e pode causar sintomas no corpo inteiro.
Quando sintomática, a infecção vem acompanhada de dores no corpo, dificuldade de urinar, dormência e fraqueza nas pernas. Essa doença pode levar a quadros graves de síndromes degenerativas no sistema nervoso, leucemia e infecções na pele.
O tratamento deve ser feito com acompanhamento médico e depende das comorbidades desenvolvidas após a infecção.
Quais os sintomas e como tratar as DSTs?
Os sintomas e o tratamento das doenças sexualmente transmissíveis variam dependendo da natureza da infecção. No entanto, alguns sinais, como feridas, corrimento, coceira e vermelhidão na região íntima, são comuns e devem ser observados com atenção especial.
Clamídia
A clamídia costuma apresentar sinais como corrimento espesso e amarelado, dor durante o contato sexual, aumento na frequência urinária e sangramento vaginal. Em alguns casos, não gera nenhum sintoma.
Essa infecção tem cura e pode ser tratada com o uso de antibióticos orais ou intravenosos.
HPV
O HPV é conhecido por causar verrugas de diferentes texturas na região íntima, além de coceira e ardência. Esses sintomas começam até 10 meses após o contágio e também podem ser notados nos lábios, nas bochechas, na língua, no céu da boca e na garganta.
O tratamento do HPV pode incluir a remoção cirúrgica das verrugas ou a injeção de medicamentos sobre elas. Quando não tratado, ele pode aumentar as chances de câncer de pênis e colo do útero.
Herpes genital
Um dos sintomas característicos do herpes genital é o surgimento de bolhas repletas de líquido na região íntima, nas coxas ou perto do ânus. Essas vesículas podem estourar e virar feridas que doem e incomodam.
Outros sinais incluem vermelhidão, coceira, dor muscular, cansaço, febre baixa, perda de apetite e mal-estar.
Essa infecção não tem cura, mas o tratamento com comprimidos e pomadas antivirais ajuda a aliviar os sintomas, prevenir complicações e diminuir as chances de transmissão.
Tricomoníase
Vermelhidão, coceira, inchaço na região íntima e corrimento espumoso amarelado, esverdeado ou branco com odor desagradável são alguns dos sintomas da tricomoníase.
O uso de antibióticos pode eliminar o parasita do organismo e curar o paciente, mas a negligência pode levar a complicações como DIP e outras infecções.
Ureaplasma
A ureaplasma é uma IST bacteriana que pode causar sangramento vaginal, sensibilidade na região genital, dor ou ardência ao urinar e durante o ato sexual, dor abdominal e corrimento mal cheiroso.
O tratamento também é feito com antibióticos orais ou intravenosos e, geralmente, é capaz de curar o paciente.
Aids
Uma das ISTs mais conhecidas, a Aids, ou síndrome da imunodeficiência adquirida, é uma doença crônica causada pelo contato com o vírus HIV. A síndrome afeta o sistema imune e pode causar febre, tosse, dor de cabeça, dores musculares, fadiga, perda de peso, diarreia, manchas vermelhas na pele e predisposição a doenças como hepatite viral, tuberculose e pneumonia.
Os sinais podem aparecer até vários anos após o contágio e, nos estágios iniciais, costumam ser confundidos com uma gripe.
Embora não tenha cura, a Aids pode ser tratada para diminuir os sintomas e evitar complicações. O tratamento é feito com o uso contínuo de medicamentos que inibem a multiplicação do vírus e permitem que o paciente tenha uma vida normal.
Como prevenir DSTs?
A forma mais efetiva de prevenir as DSTs e prezar pela saúde sexual é usar preservativos em todas as relações sexuais, sejam elas vaginais, anais ou orais.
Além disso, é importante evitar o compartilhamento de seringas e agulhas e observar o corpo durante a higiene pessoal. Se houver suspeita de alguma IST, vale a pena procurar o serviço de saúde mais próximo. Isso porque o diagnóstico precoce aumenta as chances de cura.
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Fonte: araujo