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Enfermeiro é preso por suspeita de abuso durante cirurgia em Cuiabá: entenda o caso

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A Polícia Civil prendeu, na tarde de quarta-feira (3), um enfermeiro de 39 anos acusado de abusar sexualmente de uma paciente de 21 anos dentro do centro cirúrgico do Hospital Municipal de Cuiabá. A prisão preventiva foi decretada após a vítima relatar ter desperto durante o procedimento e percebido que estava sendo tocada pelo profissional.

A jovem havia sido internada após um acidente de motocicleta e passou por uma cirurgia no braço direito no dia 2 de dezembro. O procedimento começou por volta das 16h e terminou cerca de duas horas depois.

Segundo o depoimento, ela voltou à consciência antes do previsto e, mesmo sem conseguir enxergar completamente por causa do pano que cobria seu rosto, identificou a movimentação na sala. Ela ouviu conversas indicando que a equipe médica finalizava o procedimento.

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Quando restavam apenas dois profissionais, um enfermeiro e uma enfermeira. A paciente percebeu, pela fresta do lençol, que a técnica organizava instrumentos enquanto o enfermeiro se aproximava. Em seguida, sentiu que ele tocava suas partes íntimas usando luvas.

Com medo de que o abuso continuasse, ela reagiu, mexeu o corpo e fechou as pernas. O gesto fez o suspeito interromper o ato e pedir que a colega acordasse a paciente para transferi-la ao pós-operatório.

Hospital acionou a polícia e colaborou com a investigação

Mesmo abalada, a jovem decidiu denunciar o caso com apoio da equipe psicológica e da administração do hospital, que registraram o ocorrido e acompanharam a paciente até a Delegacia Especializada de Defesa da Mulher (DEDM).

A partir daí, a Polícia Civil abriu investigação imediata. A vítima e todas as testemunhas foram ouvidas, e a delegada Judá Maali pediu a prisão preventiva do enfermeiro, alegando gravidade, risco de reiteração e necessidade de proteção à vítima. A Justiça acatou o pedido.

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Prisão preventiva cumprida em Cuiabá

O suspeito foi localizado em sua casa, no bairro Coophamil, por volta das 17h30 de quarta-feira, e conduzido para a DEDM, onde prestou depoimento. Depois, foi encaminhado para a audiência de custódia e permanecerá à disposição do Judiciário.

O caso segue sob investigação. A Polícia Civil reforça que situações de violência sexual em ambientes de saúde precisam ser denunciadas imediatamente, garantindo a proteção de vítimas e a responsabilização de profissionais que se aproveitam da vulnerabilidade de pacientes.

Outro lado

Por meio de nota, a Secretaria Municipal de Saúde e da Empresa Cuiabana de Saúde Pública (ECSP), informaram que todas as medidas administrativas e legais foram adotadas contra o funcionário de empresa terceirizada prestadora de serviços na Ortopedia.

De acordo com a direção do HMC, a paciente relatou ter sido vítima de abuso após um procedimento cirúrgico. Assim que a denúncia foi feita, a equipe do hospital acolheu a paciente, prestou assistência integral e acionou o serviço de Psicologia, que realizou o acompanhamento emocional inicial.

A equipe jurídica da ECSP acompanhou a vítima até a Delegacia da Mulher, onde foi formalizado o Boletim de Ocorrência. A paciente seguiu posteriormente para a Politec, para realização do exame de corpo de delito, estando assistida pela advogada da unidade durante todo o processo.

O profissional apontado como suspeito foi imediatamente afastado de todas as suas funções pela empresa terceirizada desde o momento da denúncia. A ECSP notificou oficialmente a empresa responsável para garantir o cumprimento integral da medida, bem como para impedir qualquer possibilidade de realocação do colaborador em outros setores do hospital até a completa apuração dos fatos por parte das autoridades policiais e judiciais.

A Prefeitura de Cuiabá reforça que repudia veementemente qualquer ato de violência, especialmente contra pessoas em situação de vulnerabilidade, e reitera seu compromisso com a proteção de pacientes e servidores. O Município seguirá colaborando integralmente com as investigações, garantindo transparência, rigor e o devido acompanhamento à vítima.

Fonte: primeirapagina

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