Conteúdo/ODOC – Emanuel Pinheiro (MDB) afirmou não fazer julgamentos antecipados sobre a prisão do vereador do seu partido, Paulo Henrique, na sexta-feira (20), na Operação Pubblicare, que apura o envolvimento do parlamentar com uma facção criminosa na capital.
Nesta segunda-feira (23), o chefe do Executivo Municipal afirmou que a situação o pegou de surpresa e que tem uma grande amizade com o parlamentar, que busca reeleição este ano.
“Foi uma surpresa. Além de ser vereador do meu partido, ele é um amigo pessoal. Estou solidário à família e ele com certeza, através dos seus advogados, vai poder esclarecer essa situação. Como eu sempre disse, existe um inquérito, um processo de investigação e até que se conclua a sentença final, você não pode condenar antecipadamente ninguém. Claro que não é bom, mas ele terá a sua oportunidade de defesa”.
A operação realizada na última sexta-feira foi um desdobramento da Operação Ragnatela, deflagrada em junho deste ano, que desmantelou um grupo criminoso acusado de comprar uma casa noturna em Cuiabá por R$ 800 mil. O pagamento foi feito em dinheiro, fruto de atividades ilícitas. Após a aquisição, os suspeitos passaram a promover shows de MCs de renome nacional, financiados pela facção criminosa e promoters.
Na ocasião, Paulo Henrique foi mencionado como o suposto responsável por atuar em benefício do grupo, intermediando com agentes públicos e recebendo, em troca, vantagens financeiras.
Ainda segundo o prefeito, “o prejuízo é grande, manchar a imagem, como eu disse, nunca é algo positivo, é como ocorreu com o União Brasil em Várzea Grande com a prisão do vereador Pablo no mesmo dia. Não é bom para nenhum partido, mas vamos esperar o desenrolar das investigações para saber a responsabilidade ou não de cada um para não condenar nenhum por antecipação […] quem acusa tem que ter o ônus da prova então caberá a polícia em geral e ao Ministério Público fazer a investigação. São acusações graves e que deverão sofrer todo tipo de investigação até que se prove ou não”, pontuou o prefeito”, disse Pinheiro.
Fonte: odocumento