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Economia

Reforma tributária expõe mais de 40 milhões de empregos: entenda o impacto no mercado de trabalho

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O presidente da , Roberto Mateus Ordine, fez um alerta. Ao conceder entrevista à edição desta quinta-feira, 10, do programa , ele afirmou que, da forma com a qual avançou na Câmara dos Deputados, a reforma tributária proposta pelo tem o risco de ser prejudicial àqueles que mais empregam no país: as pequenas e médias empresas, sobretudo as que integram o do Simples Nacional.

Ordine ressaltou que muitos pontos referentes à reforma tributária ainda estão “nebulosos”. Nesse sentido, afirmou que, dependendo do segmento, o pequeno e médio empresário vai ter de arcar com diferentes tipos de tributos pelo decorrer dos próximos dez anos. Além disso, avisou que, do jeito que está, a proposta deverá elevar a carga de diversos negócios. Na área de serviços, por exemplo, ele menciona que o aumento da alíquota pode ser de até 26%.

Na entrevista, o presidente da ACSP externou um temor em relação ao mercado de trabalho no país. Conforme explicou, a reforma tributária poderá — em vez de ajudar — prejudicar a geração de negócios.

“Há cerca de 9 milhões de empresas no Simples Nacional”, disse Ordine. Nesse sentido, o presidente da ACSP afirmou que, na média, cada empresa inserida no sistema emprega cinco pessoas. “Ou seja, são mais de 40 milhões de empregos expostos. A situação é muito dramática.”

Reforma tributária: presidente da ACSP vai se reunir com Pacheco

Calculadora, em alusão às contas que pessoas fazem na hora de calcular imposto sobre herança. Doação é alternativaCalculadora, em alusão às contas que pessoas fazem na hora de calcular imposto sobre herança. Doação é alternativa
Reforma Tributária: Tema Aguarda Parecer Do Senado | Foto: Reprodução/Steve Buissinne/Pixabay

Ordine aproveitou a entrevista ao para sinalizar o “susto” pela forma, sem maiores discussões técnicas a do tema, com a qual a reforma tributária avançou na Câmara dos Deputados. Ele disse, inclusive, que o presidente da Casa, Arthur Lira (PP-AL), havia dito que não “correria” com o projeto.

O presidente da ACSP, no entanto, espera que o Senado tome atitude diferente. Para ele, o Congresso tem o dever de analisar a proposta com calma e, sobretudo, pensar em formas de não prejudicar as empresas que estão no Simples Nacional. Nesse ponto, demonstra animação, uma vez que irá se reunir com o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), na próxima semana.

“Espero que o Congresso tenha bom senso”, disse Ordine. “Do jeito que está, a reforma virou uma colcha de retalhos — e que se tornou de difícil solução.”

Na entrevista, Ordine respondeu a perguntas do Vitor Brown e dos comentaristas Adalberto Piotto, Rodrigo Constantino e Silvio Navarro. O vai ao ar de segunda a sexta-feira, das 17h45 às 19h30.

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Fonte: revistaoeste

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