Ter um cachorro ou um gato em casa é o desejo de quase todo mundo. No entanto, pessoas que sofrem de rinite, sinusite ou alergias de pele podem ter crises só de chegar perto de um pet. Mas se você não abre mão da companhia de um animal, mesmo com alergia, alguns cuidados podem ajudar a reduzir os sintomas e melhorar a convivência.
Abrir mão do bichinho de estimação não precisa ser a única saída para evitar crises alérgicas. Segundo o médico alergista Adolfo Adami, ter rinite ou sinusite não significa, necessariamente, que o animal será o causador da alergia.
“Se a causa da alergia não for o animal em questão, é possível tê-lo em casa, sim — com alguns cuidados extras”, afirma o especialista.
Por que temos alergia a animais?
A alergia a cães e gatos é provocada pelo contato com pelos, pele descamada e proteínas que eles liberam, chamadas alérgenos, presentes também na saliva e urina.
Essas substâncias ficam suspensas no ar e são inaladas, provocando reações alérgicas. Por isso, mesmo animais tosados podem causar sintomas.
No caso dos gatos, o principal alérgeno se chama Fel d 1, responsável por até 96% dos casos de alergia a felinos. Ele está presente principalmente na saliva e no pelo do animal.
Sintomas mais comuns
Os sintomas de alergia a animais variam de pessoa para pessoa, mas alguns sinais são bastante recorrentes:
- Coriza e coceira no nariz (geralmente os primeiros sinais)
- Espirros constantes
- Tosse seca e persistente
- Coceira na garganta
- Olhos vermelhos, inchados, lacrimejando ou coçando
- Coceira intensa nas mãos e pequenas bolinhas na pele
- Dificuldade para respirar
Em casos mais graves ou de contato contínuo, a convivência com o animal pode desencadear crises de asma. Por isso, é importante buscar acompanhamento médico e seguir orientações específicas.
Como conviver com um pet mesmo tendo alergia?
Adami explica que, quando a alergia está diretamente ligada à presença do animal, algumas medidas podem aliviar os sintomas e tornar a convivência mais tranquila.
“O banho semanal reduz a quantidade de ácaros na pele do animal. O ideal é que ele não frequente os quartos, e, se possível, que fique do lado de fora da casa, no caso de pessoas alérgicas”, orienta o médico.
Confira outras práticas que ajudam:
- Não deixe o pet subir em sofás, camas ou ter contato com cobertores e travesseiros;
- Mantenha o animal longe do quarto da pessoa alérgica e evite o contato com suas roupas;
- Evite brincadeiras agitadas dentro de casa, que podem espalhar pelos pelo ambiente;
- Prefira pisos lisos e laváveis, como madeira ou porcelanato;
- Evite tapetes que acumulam pelos e opte por modelos antialérgicos;
- Use purificadores de ar com filtro HEPA;
- Faça a limpeza da casa com pano úmido e aspirador de pó ao menos uma vez por semana;
- Higienize regularmente o local onde o animal dorme e faz suas necessidades;
- Aumente a frequência de banhos e escovação dos dentes do animal;
- Escove os pelos do pet sempre fora de casa.
Para saber se a alergia está, de fato, relacionada ao animal, é essencial consultar um alergista e realizar exames específicos.
Caso a alergia seja confirmada, o tratamento pode incluir uso de anti-histamínicos, corticoides ou vacinas específicas para alergia.
Fonte: primeirapagina