A Costa Rica é o país com o maior salário mínimo mensal da América Latina, de US$ 650 dólares (equivalente a R$ 3,1 mil). Logo em seguida vem o Chile, com US$ 550, equivalente a R$ 2,6 mil.
O Uruguai tem o terceiro maior salário mínimo da América Latina: de US$ 550, equivalente a R$ 2,6 mil. O valor é 99% maior que o salário mínimo do Brasil, de R$ 1,3 mil.
Entretanto, os salários maiores não refletem necessariamente em melhores condições de vida. É o que mostra uma reportagem da BBC. “Os números, sem qualquer contexto, não refletem o valor real desse dinheiro em cada país”, diz o texto. “Para isso, é preciso responder a uma pergunta básica: o que se pode comprar com essa quantia.”
América Latina: salário mínimo maior não representa qualidade de vida mais alta
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“Nos três países há uma situação econômica melhor do que em muitas outras nações da região. No entanto, na mesma medida em que os salários são mais altos, o custo de vida também é maior”, continua o texto.
Além disso, muitas pessoas que vivem com um salário mínimo nos países onde ele é maior fazem parte de grupos familiares maiores, com idosos doentes ou crianças pequenas para alimentar.
Há ainda outro fator a se considerar: quase metade da população latino-americana trabalha na informalidade, ou seja, vive com o que ganha por dia, não com o salário mínimo.
Na Costa Rica, por exemplo, o custo médio mensal da cesta básica de maio foi de R$ 521, segundo o Instituto Nacional de Estatísticas do país. O valor é 25% maior que há três anos e também representa mais de 16% do salário mínimo, de R$ 3,1 mil.
Uma mulher da Costa Rica disse à BBC que compra principalmente arroz, feijão, café e leite. “Se der, frango ou carne”, diz ela. “Ovos, muito pouco. Porque estão muito caros. Agora compro salsicha ou linguiça, que é mais barato e dura uma semana.”
Fonte: revistaoeste