A agenda cultural de São Paulo está variadíssima, com exposições imperdíveis no CCBB, no Memorial da Resistência, no MIS, no MASP, na Pinacoteca, no Instituto Moreira Salles, no Farol Santander e no Museu do Futebol. Confira:
1. “Memória argentina para o mundo: o Centro Clandestino ESMA”, no Memorial da Resistência
As exposições no Memorial da Resistência são voltadas a temáticas históricas sobre a ditadura militar e ganharam renovado interesse com as premiações do filme “Ainda Estou Aqui”, vencedor do Oscar de Melhor Filme Internacional. Atualmente, o Memorial possui quatro mostras em cartaz, incluindo sua própria exposição de longa duração.
Nela, é possível conhecer a história do edifício onde por quatro décadas funcionou o Departamento Estadual de Ordem Política e Social de São Paulo (Deops).

Além da exposição fixa, vale visitar a mostra “Memória argentina para o mundo: o Centro Clandestino ESMA”, itinerância de uma exposição argentina produzida pelo Museu Sítio de Memória ESMA – Ex-Centro Clandestino de Detenção, Tortura e Extermínio, de Buenos Aires. A exposição apresenta a história do edifício da antiga sede da Escola Superior de Mecânica da Armada (ESMA), onde funcionou o maior centro clandestino de tortura durante a ditadura civil-militar (1976-1983). Após a ditadura, o local foi transformado em um centro de memória e foi reconhecido como Patrimônio Mundial da Unesco, em 2023. Depoimentos de histórias de luta e fotografias lançam um olhar sobre as reivindicações por justiça, verdade e reparação.
Onde: Largo General Osório, 66, Santa Ifigênia.
Quando: de quarta a segunda, das 10h às 18h.
Preço: Entrada gratuita; reserva de ingressos.
2. “Histórias LGBTQIA+”, no MASP
Além da exposição “Acervo em Transformação”, uma mostra fixa com rotatividade de obras, a principal exibição em cartaz no MASP atualmente é intitulada “Histórias LGBTQIA+”.
A exposição reúne trabalhos que tematizam tópicos queer ou que sejam feitos por artistas, ativistas e pesquisadores LGBTQIA+. Em exibição até 13 de abril, as obras têm curadoria de Adriano Pedrosa, Julia-Bryan Wilson, André Mesquita, Leandro Muniz e Teo Teotonio.
Onde: Av. Paulista, 1578.
Quando: de terça a domingo, das 10h às 18h.
Preço: entradas a partir de R$ 37 no site
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3. “Ney Matogrosso”, no MIS
A exposição “Ney Matogrosso”, em cartaz no Museu da Imagem e do Som, faz um percurso cronológico pela obra do artista, desde a estreia como vocalista do grupo “Secos & Molhados”, até seu mais recente álbum “Nu com minha música”. O grande diferencial da exposição é a coleção completa de figurinos e adereços em exibição para o público pela primeira vez. O acervo foi cedido pelo próprio artista e é uma contribuição do Senac para a mostra.

A curadoria é assinada pelo diretor-geral do MIS, André Sturm, com projeto dos arquitetos Juan Cabello Arribas e Viviane Sá. Os textos da exposição foram compostos pelo jornalista Julio Maria, autor de “Ney Matogrosso – a biografia”, lançada pela Companhia das Letras em 2021.
Onde: Av. Europa, 158, Jd. Europa.
Quando: terças a sextas, das 10h às 19h. Sábados, das 10h às 20h. Domingos e feriados, das 10h às 18.
Preço: Ingressos por R$ 30 (inteira) e R$ 15 (meia), gratuito às terças.
4. “Caipiras: das Derrubadas à Saudade”, na Pinacoteca do Estado

Em cartaz até o dia 13 de abril, a exposição “Caipiras” foi criada a partir de uma obra emblemática do pintor paulista Almeida Júnior (1850 — 1899), intitulada “Caipira picando fumo” (1893). A mostra com curadoria de Yuri Quevedo propõe reflexões sobre o olhar e o imaginário de uma São Paulo moderna sobre a identidade dos paulistas do interior.
Onde: Praça da Luz, 2, Bom Retiro.
Quando: de quarta a segunda, das 10h às 18h. Quintas estendidas das 10h às 20h, com entrada gratuita a partir das 18h.
Preço: R$ 32 (inteira) e R$ 17 (meia). Disponíveis no site.
5. “Vozes da Várzea”, no Museu do Futebol

Com curadoria de Alberto Luiz dos Santos e Diego Viñas, a mostra “Vozes da Várzea” aborda múltiplas perspectivas sobre a prática do futebol amador em São Paulo, suas transformações ao longo do tempo e o poder do esporte em comunidade como resistência. Em cartaz até o dia 27 de abril, a exposição é composta por imagens, mapas, instalações, fotos e textos, além de diversos objetos representativos sobre a cultura da várzea paulista, incluindo camisas de times, medalhas e taças.
Onde: Praça Charles Miller, s/n, no interior do Estádio Paulo Machado de Carvalho – Pacaembu.
Quando: de terça a domingo, das 9h às 18h.
Preço: R$ 24 (inteira) e R$ 12 (meia), na bilheteria. Grátis às terças-feiras e para crianças até 7 anos.
6. “Vetores-Vertentes – Fotógrafas do Pará”, no CCBB SP
A exposição reúne a produção de artistas mulheres do Pará de diferentes gerações. Pautada em questões de gênero e no regionalismo, a mostra exibe cerca de 170 obras entre fotografias, jornais artísticos e produtos audiovisuais que permitem um mergulho nos estilos e nas temáticas da produção feminina da região Norte do Brasil desde a década de 1980. Um dos diferenciais é a Instalação Icamiabas, construída com aromas da região Nhamundá na Amazônia. A curadoria é assinada por Sissa Aneleh e a atração pode ser visitada até 5 de maio.
Onde: Rua Álvares Penteado, 112, Centro Histórico
Quando: de quarta a segunda, das 9h às 20h
Preço: ingressos gratuitos; reservas pelo site
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7. “Zanele Muholi – Beleza Valente”, no IMS Paulista
Em exibição até 22 de junho, a exposição no Instituto Moreira Salles é uma retrospectiva da fotógrafa sul-africana Zanele Muholi, artista contemporânea que se dedica a documentar a vida da comunidade negra LGBTQIAPN+ na África do Sul e no mundo.
A mostra reúne suas principais séries fotográficas, especialmente Faces and Phases, um extenso mapeamento de pessoas lésbicas, bissexuais, não binárias e transmasculinas feito desde 2006, além de trabalhos inéditos produzidos no Brasil. A curadoria é assinada por Daniele Queiroz, Thyago Nogueira e Ana Paula Vitório.
Onde: Av. Paulista, 2424.
Quando: terça a domingo das 10h às 20h.
Preço: entrada gratuita.
8. “Cícero Dias – com Açúcar, com Afeto”, no Farol Santander
A exposição apresenta uma reunião de 42 obras do artista pernambucano que foi um dos expoentes do modernismo brasileiro. O pintor passou boa parte de sua carreira na França e chegou a fazer amizade com Pablo Picasso, mas nunca abandonou as temáticas brasileiras. As obras de várias fases do artista oferecem um olhar amplo para a sua produção e sua ligação com as vanguardas do século 20.
Onde: Rua João Brícola, 24, Centro.
Quando: de terça a domingo, das 9h às 20h.
Ingressos: R$ 45 (inteiro), com opção de meia entrada. Clientes Santander pagam R$ 40,50. Entradas pelo site.
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Fonte: viagemeturismo