As comunidades caiçaras são formadas por famílias de pescadores, agricultores e ribeirinhos que habitam regiões próximas do litoral nos estados de Rio de Janeiro, São Paulo e Paraná. A cultura dessas comunidades mistura tradições de povos indígenas, africanos e europeus.
Desde os anos 1950, esses costumes têm sido ameaçados pela especulação imobiliária e tiveram de se adaptar às regras de áreas de preservação ambiental da Mata Atlântica. Assim, ações de turismo de base comunitária foram desenvolvidas pelos próprios caiçaras, como forma de preservar a cultura e gerar renda para as famílias locais.
Confira quatro comunidades no litoral paulista para visitar e conhecer mais sobre essas tradições:
1. Bertioga – Comunidade Vila da Mata
A comunidade Vila da Mata está situada dentro do Parque Estadual Restinga de Bertioga, uma importante área de preservação ambiental do município. A comunidade é formada por mais de 150 famílias de pescadores, nordestinos e caiçaras que desenvolveram ações turísticas e culturais na região.
Por lá funciona um espaço cultural que promove atividades de lazer, vivências comunitárias e oficinas onde é possível conhecer mais sobre o funcionamento da Vila da Mata. Algumas trilhas passam pelas casas dos moradores e levam até a Horta Comunitária.
O contato com a natureza se estende pela rota até um mirante natural, onde é possível observar aves nativas e outros elementos da biodiversidade da região. Saiba mais no Instagram da Vila da Mata.
2. Caraguatatuba – Fazenda de Mexilhões da Cocanha
Na cidade de Caraguatatuba, a Associação de Pescadores e Maricultores da Praia da Cocanha (Mapec) promove visitas à maior fazenda de mexilhões do estado. Com 36 mil metros quadrados, a Fazenda de Mexilhões da Cocanha está situada em alto mar e produz até 160 toneladas de mexilhão por ano.
Nos passeios de barco organizados pela Mapec, é possível conhecer o funcionamento da fazenda, as práticas de cultivo e todo o processo até a venda e consumo dos mexilhões. A região da Ilha da Cocanha também possibilita o avistamento de diversos exemplares da fauna marinha, desde esponjas e corais até tartarugas e arraias.
O passeio parte da sede da Mapec (Avenida João Gonçalves Santana, 500 – Massaguaçu) e dura em torno de 1h30. É preciso agendar pelo telefone (12) 99767-2163. Saiba mais no Instagram da Mapec.
3. Ilhabela – TBC de Castê
Na Ilha de São Sebastião, a principal ilha do arquipélago de Ilhabela, a Associação Castelhanos Vive recebe visitantes para um mergulho na cultura caiçara. O projeto Turismo de Base Comunitária de Castelhanos (mais conhecida como TBC de Castê) promove rodas de conversa com os moradores e oficinas de cestaria e artesanato local. Por lá também funciona a Casa da Farinha, onde a comunidade produz a farinha que é comercializada localmente.
Nas adjacências, diversas trilhas conectam as praias da Baía dos Castelhanos com a floresta de Mata Atlântica. Da Praia dos Castelhanos saem a Trilha Mansa e a Trilha Vermelha, que levam às praias homônimas. Ao norte de Castelhanos, a Praia do Gato também tem uma trilha até um mirante natural com vista deslumbrante para o oceano. Saiba mais no site do Turismo de Base Comunitária de Castalhanos.
4. Ubatuba – Quilombo da Fazenda
A União Quilombo da Fazenda é uma comunidade formada por cerca de 50 famílias que vivem nas proximidades da Praia da Fazenda. As atividades de turismo por lá incluem uma visita à agrofloresta cultivada pela população local, rodas de conversa, produção de farinha artesanal e oficinas de artesanato.
Nas proximidades, há pelo menos quatro trilhas pela natureza exuberante. Para terminar o passeio, nada melhor do que saborear a culinária afro-brasileira nos restaurantes do Quilombo da Fazenda. Saiba mais no site do Quilombo da Fazenda.
Fonte: viagemeturismo