Declarações ofensivas às mulheres resultaram na queda de popularidade do presidente entre o eleitorado feminino. É que mostram as recentes pesquisas da Quaest e do .
A comparação entre democracia e amantes, por exemplo, e a piada sobre violência doméstica depois de jogos de futebol, foram amplamente criticadas.
Essa insatisfação cresceu ainda mais com a saída de ministras, como , substituída por um homem na pasta da Saúde. Para eleitoras, o governo não priorizou o protagonismo feminino prometido na campanha.
. O Datafolha registrou uma queda ainda mais expressiva entre as mulheres: a avaliação positiva sobre o governo Lula despencou 14 pontos porcentuais, de 38% para 24%.
Aliadas do governo, como Gleisi Hoffmann e Benedita da Silva, minimizam a situação. Gleisi acredita que Lula é o maior defensor do espaço feminino na política, enquanto Benedita atribui a queda na aprovação à disseminação de fake news.
Eleitoras, no entanto, discordam. Muitas consideram as declarações de Lula ofensivas e veem suas políticas como insuficientes para atender às demandas femininas. Além disso, a troca de ministras e a falta de políticas públicas direcionadas são apontadas como fatores que reforçam a percepção de que o governo não prioriza as mulheres.
Outro fator de desgaste é a resposta de Lula à alta dos preços dos alimentos. A declaração de que consumidores deveriam simplesmente deixar de comprar produtos caros foi mal recebida, especialmente por mulheres responsáveis pelo orçamento doméstico. Segundo especialistas, esse público é o mais afetado pela inflação e se sente ignorado pelo governo.
O cenário preocupa o Planalto, que tenta reverter a tendência de queda na aprovação feminina. A estratégia inclui reforçar políticas sociais voltadas às mulheres e revisar a comunicação do presidente para evitar declarações que ampliem o descontentamento desse eleitorado.
Fonte: revistaoeste