A rede municipal de ensino de Cuiabá encerrou o ano de 2025 com o atendimento nutricional personalizado de 848 estudantes, entre escolas e creches. Segundo o balanço da Coordenadoria de Nutrição Escolar (CNE), o suporte foi direcionado a alunos que apresentam restrições alimentares severas ou condições de saúde que exigem dietas específicas.
Entre as demandas mais frequentes registradas pela Secretaria Municipal de Educação estão o Transtorno do Espectro Autista (TEA), com 207 casos, seguido pela intolerância à lactose, com 167 alunos, e a alergia à proteína do leite de vaca (APLV), que atingiu 147 matriculados.
O monitoramento também abrangeu condições mais raras e complexas, como a doença celíaca, diabetes tipo 1, alergias múltiplas, doenças renais e refluxo gastroesofágico. Além das questões clínicas, a gestão municipal respeitou restrições de cunho religioso, como a exclusão de carne suína, e ofereceu suporte a alunos com condições genéticas ou neurológicas, a exemplo da distrofia muscular, síndrome de Down e paralisia cerebral.
Para garantir a segurança alimentar desses estudantes, a equipe técnica, composta por nutricionistas e gastrônomos, elaborou cardápios individualizados que substituem itens convencionais por produtos como macarrão de arroz, leite de soja, tapioca e alimentos sem açúcar.
Um dos maiores desafios logísticos e financeiros do programa envolve o atendimento nos berçários dos Centros Municipais de Educação Infantil (CMEI). Para bebês que dependem exclusivamente de fórmulas infantis e possuem patologias graves, a prefeitura disponibilizou leites especiais, como fórmulas de aminoácidos livres, cujo custo pode chegar a 400 reais por lata. De acordo com a Secretaria de Educação, o investimento é parte de um compromisso para assegurar que a alimentação escolar seja um instrumento de inclusão e não um impedimento para a aprendizagem.
Para o ano letivo de 2026, os pais ou responsáveis que necessitam do cardápio especial devem ficar atentos aos procedimentos de solicitação. No ato da matrícula, é obrigatória a apresentação de um laudo ou relatório assinado por profissional habilitado, como médico, nutricionista, psicólogo ou fonoaudiólogo, que comprove a necessidade da dieta.
No caso de restrições religiosas, basta uma declaração da entidade ou dos próprios responsáveis. Após a entrega na unidade escolar, os documentos são encaminhados à coordenação central para que o planejamento nutricional do aluno seja iniciado imediatamente.
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Fonte: cenariomt






