Se falamos de críticos de cinema, quem leva a melhor é , o mestre entre os mestres. O jornalista de Chicago dedicou 46 anos de sua vida a escrever sobre filmes e se tornou um autêntico renovador do gênero. O que ele dissesse sobre uma estreia era lei e, ainda hoje, suas palavras continuam sendo lembradas e valorizadas.
No entanto, poucas vezes foi tão drástico quanto foi com , o filme dirigido por e lançado em 2005 que, para Ebert, foi um absoluto castigo cinematográfico.
Ritchie lançou Revolver depois de (2002), que, caso você não saiba, foi o filme romântico que fez junto com e que recebeu algumas das piores críticas que já se puderam escrever sobre um filme. Imagine ser o diretor que lançou joias como (1998) e (2000) e depois se tornar um pouco no motivo de chacota da imprensa especializada.
Revolver se concentra num homem que acabou de sair da prisão depois de sete anos. Passou todo esse tempo entre um especialista em golpes e um mestre de xadrez. E algo deve ter grudado nele porque quando sai em liberdade, entra num cassino e consegue uma grande fortuna. O dono, um velho conhecido – e inimigo – do protagonista, envia alguns capangas para ir atrás dele.
“O próprio filme é melhor do que o filme merece”
“É um filme alucinado e espumoso que se contorce contra seus próprios buracos numa tentativa de bater a cabeça contra o projetor”, começa escrevendo Ebert.
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“Parece projetado para castigar o público por comprar ingressos. É um suspense sem emoção, construído numa confusão sem sentido de flashbacks, flashforwards, legendas, lemas, mensagens e cenas que se desconstroem, reconstroem e se autodestruem. Queria indicar ao projecionista para apontar uma arma para ele”.
Ebert não parou por aí e declarou seu ódio abertamente. “Ai, este filme me enfureceu. Ficava girando sobre si mesmo, mordendo a própria cauda, repetindo cenas cada vez com menos significado e propósito, repetindo essas máximas como se quisessem nos obrigar a aceitá-las. […] Algumas atuações são melhores do que o filme merece. Melhor dizendo, todas as atuações. Na verdade, o próprio filme é melhor do que o filme merece”, continuou.
Fonte: adorocinema






