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Economia

Crise fiscal: governo evita discutir contenção de despesas em meio a agravamento da situação

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Em publicado neste domingo, 15, o jornal Folha de S.Paulo afirma que o governo Lula fracassa na condução da política fiscal ao se recusar a debater o controle de gastos e recorrer a aumentos de impostos, medida vista como insuficiente e incapaz de conter o desajuste nas contas públicas.

O Brasil vive uma crise fiscal persistente, agravada pela ausência de iniciativas do governo federal para conter gastos. O comanda um Executivo que evita debater o controle das despesas e prioriza medidas arrecadatórias paliativas.

Entre as ações recentes, o governo articula o aumento do Imposto sobre Operações Financeiras. Além disso, prepara uma medida provisória para elevar tributos sobre setores até então beneficiados por isenções.

Estão no alvo apostas on-line, fintechs e determinados instrumentos financeiros. A estratégia, no entanto, esbarra em forte resistência no Congresso Nacional e entre setores da sociedade.

O cenário fiscal do país piorou significativamente nos últimos anos. Dados da Instituição Fiscal Independente, vinculada ao Senado, mostram que o resultado primário estrutural da União passou de um superávit de 0,3% do PIB em 2022 para déficits de 1,4% e 1,7% do PIB em 2023 e 2024, respectivamente.

Segundo o editorial, o quadro reflete o impacto de decisões que elevaram os gastos obrigatórios e ampliaram as despesas de forma permanente. Parlamentares criticam o avanço da carga tributária, mas mantêm privilégios e resistem a cortes em emendas orçamentárias.

O montante reservado para essas emendas alcança R$ 52 bilhões em 2025. Em paralelo, propostas como permitir o acúmulo de salários e aposentadorias no Congresso evidenciam a distância entre o discurso e a prática.

Conforme a Folha, analistas avaliam que o governo só conseguirá reverter o quadro com um plano amplo de ajuste fiscal, que envolva revisão de vinculações orçamentárias e de regras previdenciárias.

Sem uma liderança firme do Palácio do Planalto nesse sentido, o país corre o risco de aprofundar o desequilíbrio das contas públicas e comprometer sua capacidade de investimento nos próximos anos.

Fonte: revistaoeste

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