A Confederação Israelita do Brasil (Conib) repudiou a decisão do governo brasileiro de deixar a Aliança Internacional para a Memória do Holocausto (IHRA), da qual o país era membro observador desde 2021.
Para a Conib, “a saída da Aliança Internacional para a Memória do Holocausto (IHRA), organização que há décadas promove educação, pesquisa e incentivo a criação de políticas públicas contra o antissemitismo e preservação da memória do Holocausto, mina a credibilidade do Brasil no tema do combate ao ódio e à intolerância”.
A decisão ocorre em um momento de aumento dos casos de no Brasil e no mundo, ressalta a entidade.
Segundo a Conib, “a medida representa um retrocesso moral e diplomático, enfraquece o compromisso internacional do Brasil com a preservação da memória do Holocausto e abre caminho para o enfraquecimento de esforços globais no combate ao antissemitismo”.
é o único fórum multilateral dedicado exclusivamente à educação sobre o Holocausto, à preservação da memória e ao enfrentamento do antissemitismo.
“A Conib manifesta indignação diante da decisão do governo brasileiro de retirar o país da IHRA, da qual atuava como membro observador desde 2021”.
O Ministério das Relações Exteriores de Israel (MFA Israel) tornou pública a decisão do governo brasileiro, por meio de sua conta no X, no dia 24 de julho.
Na publicação, o MFA acrescentou a iniciativa de o Brasil endossar a ação da África do Sul, que acusa Israel de genocídio, na Corte Internacional de Justiça (CIJ), em Haia, Holanda.
“A decisão do Brasil de se juntar à ofensiva legal contra Israel na CIJ enquanto se retira da IHRA representa uma falha moral profunda”.
A nota acrescenta que, “em um momento em que Israel luta por sua própria existência, voltar-se contra o Estado judeu e abandonar o consenso global contra o antissemitismo é tanto imprudente quanto vergonhoso” .
Fonte: revistaoeste