As equipes da Vigilância em Saúde Ambiental de Sorriso estão intensificando as ações de monitoramento e controle da leishmaniose canina em diversos bairros do município. Essa iniciativa preventiva busca a detecção precoce de casos da doença e a contenção de sua disseminação na área urbana, especialmente em cães que vivem próximos a áreas de mata ou em locais favoráveis ao mosquito-palha, o vetor da doença.
O trabalho segue as orientações do Ministério da Saúde, que incluem a realização de inquéritos soroepidemiológicos em cães para mapear a prevalência da doença, além de ações de controle do vetor e do reservatório animal. O diagnóstico é feito por meio de testes sorológicos (teste rápido imunocromatográfico e ELISA) e, em casos específicos, exames parasitológicos.
De janeiro a junho deste ano, foram realizadas 43 coletas de material biológico em cães, e todas apresentaram resultado negativo para a doença. Os profissionais utilizam testes rápidos, o que permite um diagnóstico ágil e evita a interrupção da cadeia de transmissão, conforme explica a coordenadora de Vigilância em Saúde, Taynná Vacaro.
“Nossas equipes realizam a coleta de amostras e fazem o teste rápido nos cães, justamente para monitorar e avaliar a presença da doença na área urbana. Identificar precocemente é essencial para evitar a propagação. Pedimos à população para receber bem os agentes e seguir todas as orientações de prevenção”, destaca Vacaro.
Sinais clínicos da leishmaniose e formas de prevenção
A leishmaniose visceral (LV) é uma doença grave e de progressão lenta, podendo variar de um quadro assintomático a estágios severos, e pode ser fatal em mais de 90% dos casos não tratados. Os principais sinais clínicos em cães incluem queda de pelos e pelagem opaca; feridas na pele (especialmente na face, focinho e orelhas); febre irregular; conjuntivite; crescimento anormal das unhas (onicogrifose); emagrecimento e apatia; diarreia e aumento do fígado e baço (hepatoesplenomegalia).
Para combater a leishmaniose, algumas atitudes são indispensáveis: evitar o acúmulo de matéria orgânica nos quintais, manter a vacinação do animal em dia e realizar visitas regulares ao veterinário.
O Programa de Vigilância e Controle da Leishmaniose Visceral do Ministério da Saúde prevê ações integradas, que incluem o diagnóstico precoce e o tratamento de casos humanos. Em Sorriso, a população pode utilizar o WhatsApp (66) 99600-1462 da Vigilância Ambiental para esclarecer dúvidas e comunicar casos suspeitos.
Fonte: cenariomt